Redação
“O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), passou a semana em conversas privadas para tentar fechar um consenso sobre sua sucessão. No entanto, a dois dias do fim de agosto — prazo imposto por ele para indicar seu candidato — a falta de unidade ainda prevalece. Em jantares, ligações e acenos, os principais nomes na disputa se movimentam para fazer acordos e evitam abrir mão das candidaturas.
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Além disso, há uma interpretação de que a ofensiva do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre as emendas parlamentares pegou Lira de surpresa e deixou incerto seu poder político. Grande parte da influência do deputado alagoano na Câmara tem relação com a distribuição de emendas, principalmente as de comissão, cujo modelo está em xeque.
O melhor cenário para Lira seria conseguir convencer os demais candidatos a desistir de disputar a presidência da Câmara e apoiar o nome escolhido por ele. De acordo com um aliado, o deputado alagoano não quer deixar ninguém insatisfeito. Se a eleição for decidida no voto, Lira corre o risco de ser derrotado, como ocorreu com o ex-presidente da Casa Rodrigo Maia.
Embora algumas lideranças da Câmara não descartem um adiamento do anúncio, devido à incerteza, aliados de Lira lembram que ele é conhecido por cumprir sua palavra. Por isso, esperam que a decisão seja tomada e informada publicamente até sábado, 31.
Lira ficou a maior parte da semana recluso na residência oficial da presidência da Câmara. Mesmo aliados próximos tiveram dificuldade de falar com o deputado alagoano, inclusive por telefone.”
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