Olimpíadas

Ana Marcela encerra maratona aquática em quarto e frustra sonho pelo bi olímpico

| 08/08/24 - 08h08
Ana Marcela foi ouro em Tóquio | Foto: Luiza Moraes/COB

Ana Marcela Cunha não conseguiu acompanhar o ritmo das três primeiras colocadas e terminou em um frustrante quarto lugar a maratona aquática dos Jogos de Paris, nesta quinta (8). O ouro ficou com a holandesa Sharon van Rouwendaal, que acelerou no sprint final para garantir a primeira posição.

Desde a metade do percurso, a prova foi dominada pela holandesa Sharon van Rouwendaal, pela australiana Moesha Johnson e pela italiana Ginevra Taddeucci. O pódio foi formado nessa ordem.

A brasileira campeã olímpica em Tóquio ficou no grupo seguinte, junto com a italiana Giulia Gabbrielleschi e a húngara Bettina Fabian. Ana Marcela não escondeu o choro logo após a prova.

Só quero dizer que deixei tudo hoje, do começo ao fim. Eu sabia que estava em quarto, mas saio sorrindo, feliz. Meu choro é porque não sei se vou ter outra possibilidade (de medalha), disse a nadadora.

A outra brasileira na prova, Viviane Jungblut, conseguiu se manter entre as dez primeiras na maior parte da prova, mas perdeu forças na última das seis voltas do percurso e encerrou em 11º.

Nosso objetivo era maior. Mas eu sei que entreguei tudo. Eu tentei, briguei por cada posição e dei meu máximo, afirmou Viviane.

Na prática, as nadadoras percorreram uma distância bem maior que os 10 km oficiais. Em alguns pontos do trajeto, para evitar a correnteza mais forte, elas buscavam a margem do rio, chegando a encostar na vegetação da borda e nos bateaux-mouches estacionados.

Depois que o pelotão de nadadoras começou a se dispersar, as toucas azuis das brasileiras se destacaram nas águas do Sena, entre as líderes. Com 6 km de prova, Ana Marcela era a quinta, a 8s6, e Viviane Jungblut a sétima, a 10s8.

Aos poucos, porém, as brasileiras perderam terreno e as chances de medalha começaram a diminuir. As nadadoras tiveram apenas uma oportunidade de treinar no percurso olímpico, na véspera da prova, em razão da qualidade bacteriológica insuficiente da água do Sena.