O delegado Francisco Medson, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), confirmou que a pistola .380, apreendida com o agente de segurança suspeito de perseguir e matar Ana Beatriz, tem o mesmo calibre da arma usada no crime contra a adolescente de 13 anos. Além da arma, as roupas pretas encontradas com o homem são semelhantes às vestes utilizadas pelo suspeito flagrado nas imagens divulgadas pela Polícia Civil na última semana.
"Nós encontramos uma arma de calibre 380, compatível com a arma utilizada no crime, e logicamente vai ser submetida à comparação balística para que a gente tenha plena certeza de que se trata da arma do crime. Até o momento, sabemos que é o mesmo calibre", iniciou o delegado em entrevista ao programa Balanço Geral Alagoas, da TV Pajuçara.
"Também foi apreendido o aparelho celular para que a gente possa fazer perícia e avaliar se ele nos mostra que o investigado estava no local do crime, se a movimentação dele é compatível com a movimentação da pessoa que capturamos nas imagens. Também foram apreendidos vestes, roupas, que são compatíveis com o que foi divulgado na semana passada", complementou.
Francisco Medson confirmou que, sem justificativa, o suspeito formatou o aparelho celular na noite anterior, possivelmente para tentar esconder algum indício. "Nós observamos que o celular dele, que nós tivemos autorização judicial para quebra de dados, estava formatado. Até ontem à noite estava funcionando, e ele não justifica porque formatou".
O delegado também destacou que o suspeito estava na casa dos pais, porém não foi confirmado se ele mora com os familiares ou se estava escondido na residência.
Investigado por crime semelhante
A Polícia Civil também confirmou que há outros inquéritos que envolvem o suspeito de matar Ana Beatriz. Ele teria sido o autor de um assassinato de outra menor de idade em Maceió. No entanto, o delegado não deu detalhes do outro crime, apenas que tinha semelhança ao caso Ana Beatriz.
"Existem outros inquéritos, de outras vítimas, que são compatíveis com esse [caso Ana Beatriz]. Então há possibilidade de ele estar envolvido em outros crimes semelhantes. Se concretizada a participação dele nesses crimes, vamos ter alguém que praticou crimes em série. Mas isso é uma tese, uma hipótese, que trabalhamos com elementos de prova", destacou Medson.
O caso
A adolescente de apenas 13 anos de idade foi assassinada com um tiro na cabeça, na noite do dia 26 de agosto, no bairro da Levada, em Maceió. Segundo a ocorrência do 1º Batalhão da Polícia Militar, a vítima teria sido seguida pelo criminoso e baleada na cabeça. O homem teria fugido logo em seguida, com a arma em punho, em direção à Vila Brejal. Testemunhas relataram que o assassino estava usando roupas pretas e media cerca de 1,75m.
Ana Beatriz chegou a ser socorrida por populares ao Hospital Geral do Estado (HGE), mas a polícia constatou o óbito na unidade hospitalar logo depois. De acordo com o relatório, familiares da jovem disseram aos militares que ela não tinha envolvimento com o tráfico e nem era usuária de drogas. A família acredita que o autor do crime possa ter tentado se relacionar com a vítima, que possivelmente não queria nada com ele. A Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), da Polícia Civil, está com o caso.