Polícia

Amigo de homem morto em posto de combustíveis, horas após o casamento, presta depoimento à polícia

| 05/09/24 - 11h09
Derlan Douglas foi morto a tiros no Jacintinho | Foto: Arquivo Pessoal

A Polícia Civil já ouviu o amigo de Winderlan Douglas Oliveira Felix, o jovem que foi assassinado a tiros em um posto de combustíveis na Rua Coronel Paranhos, no bairro de Jacintinho, em Maceió, horas depois de ter casado na Capelinha do Jaraguá. O delegado Arthur César, que está à frente do inquérito, confirmou a informação ao TNH1 na manhã desta quinta-feira (05), porém não passou detalhes do depoimento da testemunha para não atrapalhar as investigações.

'Derlan' Douglas, como a vítima era conhecida, era integrante de um grupo de bumba meu boi e foi assassinado horas após o casamento. Segundo informações preliminares, ele estava na moto e retornava de um ensaio do grupo quando foi atingido pelos tiros na noite de terça-feira (03). O amigo que estava com ele ficou ferido após também ser baleado. Ninguém foi preso e ainda não se sabe a motivação do atentado. Ao TNH1 a viúva de Derlan relatou que o jovem pode ter sido morto por uma briga de trânsito

O inquérito já foi instaurado e a polícia trabalha para buscar a identificação da autoria dos disparos, além da dinâmica do crime, através de imagens de câmeras de segurança da região. À reportagem, o delegado Arthur César explicou que as informações serão preservadas nesse momento para não prejudicar a investigação. "Vamos segurar [as informações]. Infelizmente, não poderemos adiantar nada de uma investigação que está apenas no inicio", limitou-se a dizer.

Publicidade

Além dessa testemunha que já foi ouvida, a polícia aguarda a recuperação do amigo de Derlan, também vítima do atentado, para interrogá-lo. No dia do crime, a Polícia Militar foi informada de que os disparos foram efetuados por um homem de aparentemente 50 anos, de cabelo preto, vestindo uma camisa listrada preta e vermelha e que seria apelidado de “Tatu”. Ele teria fugido em direção ao Vale do Reginaldo. A Polícia Civil, no entanto, não confirma o envolvimento dele.

Quem tiver informações que possam ajudar na investigação pode comparecer na DHPP, em  Chã de Bebedouro, ou ligar para o Disque Denúncia, no 181. A ligação é gratuita e o sigilo é assegurado.

Versão da viúva 

A viúva de Derlan Douglas relatou, em entrevista ao TNH1, nessa quarta-feira (04), que o jovem pode ter sido morto por uma briga de trânsito. Ela negou que o marido tinha envolvimentos com atividades ilegais. "Eu sei quem era meu marido e tenho certeza que ele não era metido em nada de ruim", afirmou a mulher que vai ter o nome preservado.

A viúva disse que foi informada sobre o envolvimento do esposo em uma confusão por causa do trânsito com o suposto autor dos disparos. "Eu quero ter acesso às imagens, porque o que chegou pra mim é que tinham batido na moto dele e que depois começou uma discussão e que no meio disso um homem atirou nele", contou.

A versão, no entanto, ainda não é validada pela Polícia Civil. Também nessa quarta, o delegado Arthur César destacou que não sabia se Derlan Douglas era o alvo do atirador, mas também trabalhava com outra linha de investigação que não poderia revelar.

Recém-casado deixa duas filhas

Derlan Douglas morava no bairro Prado e a mulher o aguardava em casa antes de saber do assassinato. "Ele fazia parte de um grupo de bumba-meu-boi e foi ensaiar. Ele me ligou ontem umas 21h30 dizendo que estava voltando para casa e esse negócio [o assassinato] aconteceu umas 22h", detalhou.

"Ele trabalhava como condutor de aplicativo e também vendia acessórios para celular. Não era metido com nada de ruim e nem fazia mal a ninguém", continuou a esposa.

O jovem deixa dois filhos, de 3 e 5 anos, frutos de uma relação anterior. O corpo foi velado em uma central de velórios, no bairro do Prado.