Redação
Em agosto de 2022, o desmatamento na Amazônia foi de 1.661km², um valor 81% superior ao registrado em agosto do ano passado, de acordo com dados do Sistema DETER, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). O valor é o segundo maior da série histórica do sistema, iniciada em 2016, sendo superado apenas por agosto de 2020, quando o desmatamento no bioma chegou a 1.714 km².
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No acumulado de 1 de janeiro a 31 de agosto deste ano, foram registrados alertas de desmatamento para 7.135km², um aumento de 18,5% em relação à área desmatada em 2021 no mesmo período (6.021 km²). O valor é 52,1% maior que a média histórica do DETER para os primeiros oito meses do ano (4.690 km²).
Os estados mais desmatados em agosto de 2022 foram Pará, Mato Grosso, Amazonas e Rondônia. No âmbito municipal, os mais desmatados na Amazônia em agosto foram São Félix do Xingu (PA), com 93 km², Altamira (PA), com 89 km², Apuí (AM), com 66 km², União do Sul (MT), com 64 km² e Colniza (MT), com 61 km².
Fogo em alta - As queimadas na Amazônia também continuam em alta no mês de setembro, segundo o Programa Queimadas do INPE. Nos oito primeiros dias, o bioma teve 20.261 focos de queimadas, o que representa aumento de 385% em comparação ao mesmo período no ano passado, quando foram registrados 4.174 focos.
Entre 1 de janeiro a 8 de setembro de 2022, o acumulado de queimadas foi de 66.283 focos. Já a área queimada na Amazônia também chamou a atenção em setembro, pois supera a média registrada para todo o mês de setembro entre 2019 e 2021. Nos oito primeiros dias do mês, o fogo atingiu 23.675 km², segundo o Sistema de Alertas do Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais (LASA), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
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