Redação TNH1
Coceira e falta de ar. Essas foram as reclamações de aproximadamente 20 alunos de uma escola no município de Maribondo, a 73 quilômetros de Maceió, que, pela terceira vez, foram atendidos no posto de saúde da cidade e chamaram a atenção da Secretaria Municipal de Educação esta semana. A causa dos sintomas ainda é misteriosa.
As crianças, que têm 11 anos de idade em média, representam dois terços do 5º ano da Escola Municipal de Educação Básica Dom Pedro I. A unidade de ensino foi interditada e as aulas estão suspensas por tempo indeterminado.
Na manhã desta quinta, 03, o TNH1 conversou com a secretária de Educação do município, Elba Siqueira, para saber mais detalhes sobre o relato dos estudantes e o que está sendo feito para resolver o problema. Ela informou que a Prefeitura acompanha de perto a situação e que os alunos já foram deslocados de sala em três oportunidades, mas as reclamações persistem.
"As dedetizações estão em dia, são realizadas a cada seis meses. A água da cozinha é mineral, não há problema com material de limpeza. A merenda não é, porque eles chegam às 7h30, e as reclamações de coceira e falta de ar acontecem logo depois de 30 minutos, sendo que a cantina abre às 10h. Não identificamos a causa, mas estamos trabalhando para saber", relatou.
Ainda segundo ela, o primeiro caso aconteceu no fim do mês de julho, e o segundo, dois meses depois. Em um intervalo de apenas sete dias, as crianças voltaram a alegar os sintomas e foram atendidas pela terceira vez.
"Eles foram submetidos a exames de sangue que não detectaram nada anormal. Na primeira vez, foi prestado o socorro médico, eles foram medicados e convidamos a Vigilância Sanitária para averiguar a unidade. A equipe não encontrou nada. Foi feita uma faxina geral no fim de julho. Dois meses depois aconteceu novamente. Sete dias depois aconteceu a terceira", explicou.
A secretária também afirmou que são os mesmos alunos que se queixam. "São cerca de 20 que tiveram reação, mas se percebe que para alguns há uma questão mais psicológica. Acredito que 10 alunos apresentam reação mais grave, e não atinge adulto. Funcionários da escola não apresentam esses sintomas", destacou Elba.
A escola já foi fechada por 72 horas nas duas primeiras vezes. Na terceira queixa, a Prefeitura interditou a sala e suspendeu as aulas por tempo indeterminado. A Vigilância Sanitária e a Secretaria de Saúde investigam a causa.
"Como é algo estranho, foi feito um Boletim de Ocorrência para pedir ajuda, temendo ser um fator externo. Hoje a Vigilância Epidemiológica vai comparecer na unidade. A Prefeitura segue encaminhando as crianças para o atendimento e está dando o suporte", finalizou.
O TNH1 não conseguiu ouvir os pais de alunos, nem o Conselho Tutelar de Maribondo.
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