Ascom Secti
Trinta alunos e dez professores das Escolas Sesi Cambona e Sesi/Senai do Benedito Bentes tiveram seus projetos aprovados em edital de bolsas de iniciação científica para inovação e empreendedorismo. Serão dez bolsas do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) concedidas pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Alagoas (Fapeal) e pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).
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Os estudantes são do 1º e 2º ano do Ensino Médio. Cada um irá receber uma bolsa de R$100,00 mensais, por até um ano, e deverá se dedicar aos seus projetos por pelo menos oito horas semanais, além de obter frequência mínima de 75% nas aulas regulares.
Para a diretora de Educação e Tecnologia do Sesi/Senai, Cristina Suruagy, ser contemplado com bolsas de iniciação científica, ainda na educação básica, é um privilégio e um feito inédito para Alagoas. “Os professores e alunos receberão uma bolsa para a utilização desse valor em prol do desenvolvimento da sua pesquisa. Isso dá a eles condições de fazer experiências, protótipos e uma maior dedicação para solução dos problemas”, afirmou.
Ela destaca que oportunidades como estas são um diferencial na vida escolar, acadêmica e profissional dos estudantes. “Eles chegam ao mercado de trabalho ou ao ensino superior mais capacitados e preparados para dar os próximos passos na carreira. É uma satisfação imensa ver os alunos das escolas Sesi e Senai de Alagoas em constante desenvolvimento”, ressaltou.
A estudante Andra Mahatsa, de 16 anos, está no 2º ano do Ensino Médio e faz o curso técnico de Administração na escola Sesi/Senai do Benedito Bentes. Feliz com o resultado, ela garante que produzir um projeto de pesquisa foi a melhor coisa que lhe aconteceu. “Foi uma surpresa maravilhosa, saber que todo nosso esforço valeu a pena e que nosso trabalho é recompensado. É uma sensação inexplicável perceber que a ciência não é coisa de outro mundo, que qualquer um que se esforce pode ser um cientista e fazer a mudança na sua cidade”, disse.
Também cursando o 2º ano do ensino médio, só que na Escola Sesi Cambona, a aluna Mariana de Assis Silva, 17, ressalta que participar de um projeto científico mudou sua vida em todos os sentidos. “As orientações recebidas me ajudaram muito na minha vida pessoal e como estudante. Facilitou para que eu pudesse me expressar melhor nas apresentações de trabalho e também ser mais responsável. Além disso, pude ampliar o meu conhecimento sobre o mundo dos surdos, aprendi a escrever relatório, a montar o trabalho com fontes de pesquisa confiáveis”.
A divulgação do resultado aconteceu dia 13 de setembro. As propostas classificadas buscam soluções tecnológicas, com potencial de negócios, para os seguintes produtos e serviços:
• tecnologia para auxiliar a educação de crianças autistas e inclusão de surdos;
• a estratégia de “telhados verdes”, que são uma solução estética para economia; de energia, aproveitamento da água de chuvas, isolamento acústico e regulação térmica;
• soluções de engenharia para construir casas populares e desenvolver revestimentos cerâmicos ecologicamente viáveis;
• órteses de material reciclável para auxiliar a locomoção de animais, a partir de resíduos da indústria de construção civil;
• reaproveitamento de casca de laranjas para filtros de água;
• produção de biogás a partir de resíduos sólidos;
• bueiros sustentáveis;
• e até mesmo uma barreira protetora de raios cósmicos em naves espaciais.
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