Alagoas tem o maior crescimento do país no varejo no mês de novembro

Publicado em 18/12/2020, às 16h07
Ilustração -

Assessoria

Na contramão da maioria dos estados brasileiros, Alagoas apresentou o maior crescimento no consumo de varejo, com 11,5% de incremento em novembro em relação ao mês anterior, segundo os dados o IGet (Índice Getnet de Vendas do Comércio Varejista Brasileiro). O Brasil apresentou declínio de 5,5% no mesmo período, descontados fatores sazonais. No comparativo anual, pela primeira vez, o índice caiu 0,9%. O IGet é medido pelas transações das máquinas da Getnet, empresa de tecnologia do grupo Santander, em 150 mil estabelecimentos comerciais do país.

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Ao contrário do demonstrado no IGet de outubro, novembro apresentou queda do consumo em 16 estados, com destaque para Pará (-16,9%), Amapá (-16,2%), Tocantins (-15%) e Minas Gerais (-11,1%).

Paraná e Santa Catarina mantiveram os níveis em relação ao mês anterior e nove apresentaram crescimento, como Alagoas (11,5%), Sergipe (9%) e Espírito Santo (6,6%).

“O resultado do mês aponta para um novo indício de arrefecimento do consumo, que se beneficiou nos últimos meses dos estímulos fiscais temporários e impactou o mercado de bens. No histórico do IGet, vimos setores superarem os níveis de vendas do período pré-crise. Agora, vemos um ritmo menor e mais concentrado em serviços”, aponta Pedro Coutinho, CEO da Getnet.

Segundo a análise do Departamento Econômico do Santander, a partir de maio, quando muitas regiões iniciaram o processo gradual de flexibilização do isolamento social e a liberação de recursos de auxílio à renda da população, houve impacto na normalização das atividades econômicas e, consequentemente, no comércio varejista. “Em agosto, os números ainda apontavam forte aceleração do consumo. No entanto, a partir de setembro, os dados passaram a apontar uma desaceleração, e outubro reforçou essa trajetória”, pondera Lucas Maynard, economista do Santander.

Os setores que mais puxaram o índice para baixo foram Móveis e Eletrodomésticos (-15,4%), Materiais para Escritório (-9%) e Vestuário (-8,1%). “No caso de Móveis e Eletrodomésticos, o resultado se deve ao efeito da redução do auxílio emergencial e um certo esgotamento no consumo das famílias, que passaram mais tempo em casa na pandemia”, completa Maynard.

No conceito Varejo Ampliado, a categoria “Partes e Peças Automotivas” teve o seu primeiro declínio (-2,5%) após registrar seis altas consecutivas, contribuindo para a queda sequencial do indicador. O setor Materiais de Construção caiu 7,1%.

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