Redação
43 mil adolescentes entre 12 e 18 anos podem ser assassinados até 2021 no Brasil, caso a violência não diminua. A constatação é de um estudo da Unicef divulgado nesta quarta (11), que mostra uma realidade alarmante para os jovens no país.
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O estudo aponta que o Índice de Homicídios na Adolescência (IHA) ficou em 3,65 para cada 1000 jovens nessa faixa de idade. A pesquisa foi feita em 300 municípios no ano de 2014.
Alagoas e Maceió ficam em situação ainda mais preocupante: o estado registrou índice de 8,18, o segundo maior do país; a capital também fica em segundo com 9,37.
Este valor é alarmante quando se considera que o resultado ideal para uma sociedade pouco violenta seria um valor abaixo de 1. "Se as condições não mudarem, estima-se que, aproximadamente, 43.000 adolescentes serão vítimas de homicídio nos municípios de mais de 100.000 habitantes do Brasil, entre 2015 e 2021", afirma o estudo.
Além de Alagoas, quatro estados tiveram IHA maiores do que o dobro do índice nacional. Entre as dez UFs com índice mais elevado, oito pertencem à Região Nordeste. A exceção é Pernambuco. Veja tabela:
Das cinco capitais com maior IHA, quatro pertencem à Região Nordeste. A única exceção foi Vitória, que ocupa a terceira posição e pertence à Região Sudeste. Fortaleza apresentou o maior índice entre as capitais, com um IHA aproximadamente três vezes maior ao do conjunto do país. Veja:
Outra análise mostra os 20 municípios do país com mais de 200 mil habitantes que lideram o ranking nacional da incidência de adolescentes vítimas de homicídio. Novamente, Maceió está presente.
A Secretaria de Segurança Pública do Estado de Alagoas informou que vai se pronunciar sobre os resultados da pesquisa por meio de nota.
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