Alagoas já registrou cinco mortes por leptospirose em 2022

Publicado em 19/07/2022, às 12h49
Reprodução / TV Acre -

Theo Chaves

Alagoas registrou cinco mortes por leptospirose em 2022. A informação foi confirmada ao TNH1 pela Secretaria de Estado da Saúde de Alagoas (Sesau-AL), na manhã desta terça-feira, 19. De acordo com o órgão, 03 óbitos foram registrados em Maceió, 01 em Mata Grande e 01 no município de Pilar.

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Ainda segundo os dados divulgados pela Sesau, apenas neste primeiro semestre de 2022 já foram registrados 50 casos da doença no estado. Os números mostram uma alta de 64% se comparado ao mesmo período de 2021, onde foram registrados 32 casos.

Os números de mortes em Alagoas também aumentaram em comparação com o ano de 2021. O estado registrou 01 morte por leptospirose em 2021. O número é quatro vezes menor que os cinco óbitos registrados nos seis primeiros meses de 2022.

Transmissão e combate - A equipe médica veterinária do Gabinete da Causa Animal da capital alagoana também publicou um alerta à população de Alagoas sobre as possíveis formas de infecção e transmissão leptospirose.

"A leptospirose é uma doença de caráter zoonótico, podendo acometer tanto animais quanto os seres humanos, através do contato do agente causador com a pele lesionada ou íntegra, e através da ingestão de alimentos contaminados. Os principais sintomas nos seres humanos são: febre, dor de cabeça intensa e dor muscular. Nos animais os sintomas são: vômito, diarréia, ulcerações na cavidade oral e necrose da língua, nos casos mais avançados. É importante observar o início dos sintomas nos animais principalmente se estes não são vacinados. Para os seres humanos não há vacina, e não há medicação profilática para a doença, a orientação é observar o  sintomatologia junto com o histórico de contato", alertaram.

Orientações e medidas de combate à doença - O Gabinete da Causa Animal de Maceió também orientou para os cuidados necessários de combate ao agente transmissão, principalmente em período chuvoso.

“Os cuidados básicos são necessários, principalmente neste período chuvoso e em casos de alagamentos, reforçando a necessidade de que as pessoas envolvidas nos resgates de vítimas (humanas e animais) e limpeza dos locais afetados, devem usar botas e luvas, evitando o contato direto com a lama e entulhos que restaram nesses locais”, explicou a médica veterinária Mariana Amaral, em fala divulgada pelo Gabinete de Causa Animal de Maceió.

A orientação, segundo o órgão, e válida tanto para os animais quanto aos humanos, que tenham entrado em contato com água ou ambiente contaminado. Além disso, a orientação pede à população para monitorar o surgimento dos sintomas e, caso apresente algum deles, é necessário procurar atendimento médico ou médico veterinário (em casos de animais com a doença). 

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