Saúde

Alagoas confirma 19 casos de febre Oropouche; município do interior lidera ranking

| 08/08/24 - 17h08
| Foto: Foto: Divulgação/Sesau-AL

A Secretaria de Estado de Saúde de Alagoas (Sesa-AL) confirmou que 19 casos de febre Oropouche foram confirmados em Alagoas até esta quinta-feira (8). A doença, que é causada por um arbovírus, é transmitida pelo mosquito Culicoides paraensis, popularmente conhecido como maruim.

De acordo com os dados divulgados pela Sesau-AL, o município de Palmeira dos Índios apresentou a maior incidência de casos — com 13 registrados até o momento. Em seguida, aparece o município de Japaratinga, no Litoral Norte, que registrou dois casos da doença. Já os municípios de Porto Calvo (1), Tanque D'árca (1), Messias (1) e Estrela de Alagoas (1) registraram seus primeiros casos de febre Oropouche.

Ainda segundo o órgão, os casos foram confirmados através de exame laboratorial, realizado no Laboratório Central de Alagoas (Lacen/AL), com o uso da metodologia de RT-PCR em tempo real, que apresenta resultados negativos para dengue, zika e chikungunya e positivo para a febre Oropouche. 

O que é a doença 

O Oropouche é uma doença causada por um arbovírus (vírus transmitido por artrópodes) do gênero Orthobunyavirus, da família Peribunyaviridae. O Orthobunyavirus oropoucheense (OROV) foi isolado pela primeira vez no Brasil em 1960, a partir de amostra de sangue de uma bicho-preguiça (Bradypus tridactylus) capturada durante a construção da rodovia Belém-Brasília. Desde então, casos isolados e surtos foram relatados no Brasil, principalmente nos estados da região Amazônica. Também já foram relatados casos e surtos em outros países das Américas Central e do Sul.

Os sintomas são parecidos com os da dengue: dor de cabeça intensa, dor muscular, náusea e diarreia. Nesse sentido, é importante que profissionais da área de vigilância em saúde sejam capazes de diferenciar essas doenças por meio de aspectos clínicos, epidemiológicos e laboratoriais e orientar as ações de prevenção e controle.

Prevenção

  • Evitar o contato com áreas de ocorrência e/ou minimizar a exposição às picadas dos vetores.
  • Usar roupas que cubram a maior parte do corpo e aplique repelente nas áreas expostas da pele.
  • Limpeza de terrenos e de locais de criação de animais.
  • Recolhimento de folhas e frutos que caem no solo.
  • Uso de telas de malha fina em portas e janelas.