Redação
Empresário “calejado” pelos longos anos gerindo clubes de futebol, João Feijó é, como dito inúmeras vezes pela própria diretoria do CSA, um dos grandes responsáveis pelo projeto de reconstrução do clube marujo, visando à temporada 2016 e os próximos anos. No entanto, alguns torcedores torcem o nariz para a participação do ex-presidente do Corinthians Alagoano – posteriormente fundido com o Santa Rita – na preparação do Azulão.
Para estes “desconfiados”, Feijó estaria mais preocupado com a utilização de seus atletas do que com a melhoria do clube. O empresário já afirmou, frente a essas desconfianças, que não pretende vincular nenhum atleta com quem tenha ligação ao CSA, participando do projeto apenas como conselheiro e amigo do presidente executivo do clube, Rafael Tenório, bem como de vários outros dirigentes azulinos.
Agora, em carta aberta, Feijó resolveu explicar, de forma mais detalhada, os motivos que o fazem ter empenho em colaborar para a formação de um elenco forte para a próxima temporada. No documento, ele ressalta que a empreitada não tem sido fácil, tendo em vista a falta de atrativos no CSA – principalmente o calendário enxuto – diante de propostas mais atraentes no Sul e Sudeste do Brasil.
Segundo Feijó, ajudar o clube marujo sempre foi um sonho seu. Em outros anos, o conselheiro chegou a participar da formação do elenco do clube para competições, mas os objetivos não foram alcançados. Desta vez, ele diz ter uma motivação especial: o pedido do pai, Nelson Peixoto Feijó, falecido este ano.
Confira, na íntegra, a carta aberta do conselheiro:
“Diante de tudo que já aconteceu na minha vida esportiva, criando um clube com toda estrutura do Corinthians Alagoano, revelando grandes atletas para o Brasil e mundo, talvez esta tarefa de colaborar com o CSA na formação do elenco e no modelo de gestão administrativa seja uma das mais difíceis, pois formar um bom elenco nesta crise de talentos no Brasil, o CSA sem calendário, não é tarefa fácil, pois a maioria dos bons atletas dão preferencia para o eixo Rio-São Paulo-Minas e o resto do Sul pelas grandes verbas das redes de TVs em seus campeonatos e clubes que ofereçam calendários o ano inteiro. Temos que ter um poder de convencimento muito grande e clubes parceiros para montar um bom elenco e barato, mas isto faz parte do desafio.
Na qualidade de conselheiro, torcedor e amigo pessoal de Rafael Tenório, Raimundo Tavares e bons amigos no conselho e torcida, não tive como negar em colaborar em contribuir para reconstrução do CSA.
Me lembro de um grande amigo sempre, Augusto Farias, que quando dirigente maior do CSA na época do João Lyra me convidou, ainda muito jovem, e confiou para que eu fosse a SP ao lado do finado amigo Cláudio Farias e de lá trouxemos o Níveo, André, Paulo César, Noronha, Aguinaldo, Ednaldo, Dario e o CSA chegou a ser campeão e incluído num dos 8 melhores clubes do Brasil. Bem como, aprendi a trabalhar na Centenário Veículos de propriedade do Augusto, com a chamada média aritmética na formação do elenco com papel pautado, régua e uma caneta BIC, nunca mais vou esquecer do amigo Augusto Farias.
Depois, colaborei com uns dos que se tornaram depois grandes amigos, Euclydes Mello e Roberto Mendes, quando eu trouxe para o CSA o Deco, Oswaldo, Xandi, Edmar, Caju, Eduardinho, junto com o Ubirajara Veiga, todos a custo zero para o CSA e neste ano o amigo Euclydes se tornou Campeão Alagoano.
Agora em 2016, tenho a oportunidade de colaborar com os amigos Rafael e Raimundo na tentativa de conseguir para o CSA um calendário para 2016. Não tenho medo de desafios, vou lutar para montar um bom elenco e pedir a Deus que este grupo dê liga e união para o sucesso na competição.
Ainda tenho a responsabilidade de, junto com a minha equipe, montar uma boa equipe jovem para o Santa Rita de Boca da Mata, que será gerido pela empresa do Fernando Aguiar.
Temos que ter muita paciência, pois não é justo se utilizar da boa vontade do Rafael e desejar explorá-lo financeiramente para montar um bom elenco, temos que ser justos para fazer um bom elenco num preço bom.
O CSA tem que ter um grande goleiro, um zagueiro, volante, dois meias e um centroavante todos bons e experientes, com o restante de atletas com boa idade e qualidade, nada de testes.
Não desejo nenhum cargo no clube e sim realizar um dos meus sonhos e poder lembrar o pedido do meu pai, Nelson Peixoto Feijó, em vida de fazer um CSA com grande calendário e se possível campeão de 2016.”
LEIA MAIS