Agente presa após forjar operação na Feira do Rato pode perder cargo, diz Polícia Civil

Publicado em 31/07/2019, às 16h50
Reprodução -

Redação TNH1

A Polícia Civil de Alagoas (PC-AL) informou que a agente Laryssa Manuela Magalhães da Silva, de 32 anos, presa nessa terça-feira (30), será submetida a um procedimento investigatório dentro da instituição, assim como também na Corregedoria-geral da corporação.

LEIA TAMBÉM

Ela foi detida por policiais da Divisão Especial de Investigação e Capturas (Deic) depois de participar de uma operação falsa de combate ao comércio ilegal de mercadorias, na Feira do Rato, no bairro de Levada, no último dia 25. Laryssa Manuela e outras pessoas teriam simulado a ação para extorquir comerciantes.

Segundo a assessoria da PC-AL, se for comprovada a culpabilidade da agente, ela vai receber a "sanção punitiva devida" e pode perder o cargo na corporação. A polícia também afirmou que as investigações sobre o episódio mostram a isenção da instituição. 

Laryssa Manuela agiu com pelo menos um policial militar, identificado como Carlos Alberto Tenório Cavalcante Filho, o "Vaqueirinho", de 38 anos, e dois homens que se passaram por agentes, Igor Felipe Silva dos Santos, 30 anos, e João Batista Moura, 39 anos, este último conhecido como "João da Deic". Todos foram presos.

A agente da PC-AL atuou como PM durante 11 anos. O TNH1 não conseguiu contato com Laryssa Manuela, mas deixa o espaço aberto para a defesa dela. 

Sobre o PM Carlos Alberto, a reportagem tentou contato com a Corregedoria-Geral da Polícia Militar de Alagoas para saber se a corporação já deu início ao procedimento administrativo. Até a publicação desta matéria, as ligações não foram atendidas. 

Comerciantes pagaram cerca de R$ 10 mil para "evitar" prisão

Segundo detalhou o delegado, a Deic foi acionada na quinta-feira (25) para apurar a conduta de quatro pessoas que teriam realizado uma falsa operação na Feira do Rato, para extorquir comerciantes.

Eles teriam alegado que as mercadorias eram ilícitas e além de forjar a apreensão de produtos, cobraram valores altos para não levar os comerciantes para a delegacia. "Foram subtraídos aparelhos telefônicos, eletrônicos e dinheiro. Um comerciante pagou R$ 3 mil", revelou Prado. No total, o grupo levou aproximadamente R$ 10 mil nessa ação.

A Deic ainda não tem informações sobre outras falsas operações que possam ter sido realizadas pelos presos, mas pede que a população denuncie pelo telefone 181. O grupo deve ser indiciado por concussão (obtenção de vantagem indevida) e organização criminosa, e pode pegar pena de até 16 anos de prisão.

Gostou? Compartilhe

LEIA MAIS

Caso Maria Alice: Segurança Pública detalha motivação para o crime, alvo e morte de suspeitos Influencer Babal Guimarães, cunhado de Carlinhos Maia, é preso no interior de Alagoas Suspeitos da morte de menina de três anos morrem em confronto com a polícia Novo caso: ônibus de turismo é arrombado no bairro da Ponta Verde