A chave para um casamento feliz pode estar na genética

Publicado em 22/03/2019, às 21h36
Nova pesquisa comprovou que genes podem representar até 4% dos fatores que afetam a duração de um casamento. | PublicDomainPictures/Pixabay -

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De acordo com um estudo publicado no periódico científico PLOS ONE, não é só uma boa convivência, amor e compatibilidade de interesses que garantem um casamento duradouro. Os genes das duas pessoas envolvidas no relacionamento também podem ter um papel nessa questão.

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Pesquisadores da Universidade Yale, nos Estados Unidos, analisaram 178 casais de 37 a 90 anos de idade na tentativa de entender como a genética pode afetar a satisfação e segurança dentro do casório. Esses indivíduos preencheram questionários sobre seus sentimentos e forneceram amostras de saliva para análise laboratorial.

Os resultados foram claros: quando pelo menos uma das duas pessoas que compõem o casal possuía uma variação genética conhecida como genótipo GG, índices maiores de felicidade e tranquilidade eram reportados dentro do relacionamento. Esse genótipo é referente ao gene que controla o receptor de ocitocina, conhecida como “hormônio do amor” por estar ligada ao desenvolvimento de empatia entre pessoas. Além disso, os níveis de ocitocina costumam ser muito mais altos do que o normal no começo de relacionamentos amorosos, e muito menores durante e depois do término.

Portadores do genótipo GG também apresentaram menos ansiedade dentro da relação do que indivíduos com outros genótipos, o que é positivo para o casamento, já que gera menos insegurança. Segundo os cientistas, índices reduzidos de ansiedade significam maior autoestima e menor sensibilidade à rejeição, o que ajudaria o casório a durar mais.

O estudo apontou que a presença do genótipo em questão em ambos os membros do casal corresponde a cerca de 4% de variação na satisfação matrimonial. Embora pareça pequeno, esse número é significativo quando se leva em conta o fato de que um número enorme de fatores — experiências passadas, maturidade emocional, gostos em comum, etc. — entram na equação.

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