Redação EdiCase
Mais de 10 milhões, esse é o número de mulheres empreendedoras no Brasil atualmente, segundo um levantamento do Sebrae feito a partir da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com dados do quarto trimestre de 2023. Hoje, o empreendedorismo feminino representa 33,89% dos negócios no país.
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Apesar dos avanços em relação à presença feminina no mundo dos negócios, as mulheres ainda enfrentam desafios significativos em sua jornada rumo ao sucesso. Por isso, neste 19 de novembro, Dia do Empreendedorismo Feminino, Natalia Leite e Soraia Schutel, cofundadoras da escola de formação de líderes Sonata Brasil, listam as principais barreiras enfrentadas pelas empreendedoras e dão dicas de como superá-las. Veja abaixo!
Amigos, parentes e colegas que já conhecem e confiam na empreendedora constituem a melhor base de potenciais clientes, especialmente no início do negócio. No entanto, por razões culturais, as mulheres muitas vezes sentem relutância ou desconforto ao falar sobre seus produtos e serviços. Algumas sentem-se obrigadas a oferecer produtos gratuitos ou conceder descontos que inviabilizam o negócio, alegando não ser apropriado cobrar de pessoas próximas.
“Compreender e superar essa barreira é crucial para acelerar a curva de aprendizado e ganhar confiança na divulgação de seus produtos. Uma abordagem prática é visualizar-se como um ‘analgésico’ social, oferecendo soluções para as dores que as pessoas próximas possam sentir”, sugerem Natalia e Soraia.
A dúvida em relação às próprias habilidades, conquistas e talentos, mesmo diante de evidências claras de sucesso, é mais comum entre mulheres, muitas vezes influenciadas por fatores culturais. Essa síndrome pode impactar diretamente a capacidade de empreender, levando à dificuldade em persistir e internalizar os êxitos.
Mulheres com essa síndrome podem hesitar em lançar produtos ou serviços por acreditarem que não estão perfeitos. A interação com outras pessoas que já superaram desafios semelhantes pode ser uma estratégia prática para combater esse padrão de pensamento.
A quantidade de seguidores nas redes sociais ou cartões de visita acumulados ao longo dos anos não garante negócios reais. O crescimento empresarial surge de redes construídas entre pessoas que se conhecem e confiam umas nas outras.
Mulheres, muitas vezes, enfrentam desafios para construir essas redes, pois podem não participar de ambientes tradicionais de networking. Construir uma rede ativa e consistente requer escolher espaços e ambientes alinhados aos seus valores. O termo “networking” pode não ser atraente para muitas mulheres, mas enfrentar o desafio é essencial para desenvolver essa habilidade vital.
A sobrecarga que muitas mulheres enfrentam ao serem as principais responsáveis pelos cuidados com os filhos e idosos da família impacta a disponibilidade de tempo e energia para o negócio. Isso frequentemente resulta em abandono da própria saúde e falta de tempo para cultivar redes. A conscientização de que essa realidade não deve ser aceita como norma e a criação de novos acordos nas relações são passos importantes para superar essa barreira.
Por Vitória Soares
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