Por Redação
Suely Simões Sant’anna, de 65 anos, viu sua vida mudar completamente em maio de 2015. Naquele mês, recebeu o diagnóstico de câncer no pulmão. Morando em Anchieta, litoral do Espírito Santo, precisou se mudar para a capital, Vitória, para dar início ao tratamento, deixando tudo para trás.
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Em agosto, deu início à quimioterapia, que vem em ciclos de 20 dias. “São duas semanas bem, e uma ruim”, explica a filha dela, Sarah Simões Sant’anna. Em entrevista ao R7, a jovem de 24 anos contou que largou tudo para ficar ao lado da mãe neste momento difícil.
— Embarcamos nesta jornada em 19 de maio, quando recebemos o diagnóstico. Viemos morar em Vitória e, desde então, passamos por muita coisa. Larguei tudo para ficar ao lado da minha mãe. Ficamos no hospital a maior parte do tempo, ela ficou muito mal, passou pela UTI, quase morreu... Mas, graças a Deus, ela se recuperou e conseguiu uma grande vitória nesta semana.
Depois de seis meses de tratamento, a médica liberou Suely para seu primeiro passeio fora do hospital. Fã das minisséries bíblicas da Rede Record, como José do Egito e Rei Davi, ela não teve dúvida de onde queria ir na última quinta-feira (4).
— Moramos ao lado de um shopping e perguntei para a minha filha qual era o tempo de caminhada até lá. Quando ela me disse que era de uns 15 a 20 minutos, já falei para ela: “Então vamos ver Os Dez Mandamentos no cinema”. É uma história linda e conseguia ver a novela esporadicamente, porque, às vezes, batia com o horário da quimio.
Durante a conversa com o R7, Suely chegou a se emocionar ao se lembrar do primeiro passeio desde o início do tratamento.
— Foi uma superação. Aos poucos, devagarinho, passo a passo, consegui chegar lá. Fico muito feliz em ver essa história no cinema e saber que ela está alcançando muita gente. Eu me emocionei do início ao fim, foram lágrimas de felicidade, por ter conseguido chegar lá. A foto que tiramos lá foi para marcar essa conquista.
Fã da história de Moisés, Suely se sentiu parte do filme. “Era como se eu estivesse lá com eles. [risos]. Com os efeitos especiais, me sentia dentro do filme. Foi lindo, quase como no teatro. Todo mundo se emocionou e bateu palmas quando acabou”, relembrou.
Sarah, que estudava para ser técnica de enfermagem quando a doença da mãe foi descoberta, se emocionou com o avanço e a superação da mãe.
— A gente riu, chorou, se arrepiou, foi muito emocionante.
Mãe e filha mudaram completamente de vida nos últimos nove meses. Saíram de Anchieta, se mudaram para Vitória e hoje lutam juntas para superar a doença.
"Ainda não tenho previsão de alta e vamos vivendo um dia de cada vez, um ciclo de cada vez. Vai dar tudo certo", concluiu Suely, cheia de vida.
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