Um tubarão martelo, que pode chegar até seis metros de comprimento, foi capturado de forma acidental por pescadores, na praia de Riacho Doce, no Litoral Norte de Maceió, nesta quarta-feira (8).
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De acordo com o relato dos pescadores, o animal ficou preso numa rede de pesca, que estava armada em uma região costeira, para capturar crustáceos. Um vídeo feito pelos pescadores (veja abaixo) mostra o animal, aparentemente sem vida, dentro de um barco.
Em entrevista ao TNH1, o biológico e professor da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), Cláudio Sampaio, explicou que o animal, também conhecido como "grande tubarão martelo", é encontrado em águas oceânicas costeiras tropicais e subtropicais, se alimentado de peixes e lulas.
"O tubarão martelo capturado no Litoral Norte de Maceió é da espécie Sphyrna mokarran, possivelmente um adulto. Esses magníficos animais podem atingir até quase 6 metros comprimento e podem pesar cerca de 450 quilos. Por conta dessas características, eles são popularmente chamados de "grande tubarão martelo". Eles podem viver até 30 anos e são encontrados em águas oceânicas e costeiras tropicais e subtropicais do mundo, alimentando-se de peixes e lulas", explicou Sampaio.
Ainda segundo o professor, a espécie de tubarão, que está ameaçada de extinção, já foi comum em grande parte do Litoral alagoano. "Apesar da sua beleza e grande porte, o tubarão martelo está criticamente ameaçado de extinção devido à pesca não manejada e a degradação dos mares e oceanos. A pesca e comercio da carne do animal são proibidos por leis. Os tubarões martelos já foram comuns em grande parte do litoral alagoano, contudo, devido à pesca excessiva e poluição, já são bem raros por aqui. Possivelmente, com a chegada de águas oceânicas e quentes, esses tubarões buscam a proteção dos ambientes mais costeiros para parir seus filhotes. Ao encontrar um grande animal marinho, um tubarão, peixe boi, tartaruga, baleia ou boto, recomenda-se sair da água calmamente, pois são animais protegidos por leis. Se você pescar, solte ou se encontrar já morto, avise aos projetos de conservação, colônias de pesca, centros de pesquisa e universidades mais próximos, pois assim você estará contribuindo para sua conservação e pesquisas cientificas", completou.
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