Um vídeo gravado durante a distribuição de ajuda humanitária na Faixa de Gaza mostra os tiros de Israel contra civis palestinos que tentavam pegar comida. As imagens foram publicadas por uma filial da Al Jazeera na Palestina.
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Imagens mostram rastros avermelhados dos disparos no ar. Também é possível ouvir o barulho de várias rajadas de tiros enquanto dezenas de pessoas se aglomeram perto de caminhões com suprimentos enviados à Faixa de Gaza.
Mais de 100 pessoas morreram durante distribuição de ajuda, disse o Hamas. Segundo o grupo extremista, as vítimas corriam até os caminhões carregados de mantimentos quando foram atingidas. A informação foi atribuída pelo Hamas ao hospital Al Shifa, na Cidade de Gaza.
Soldados de israelenses assumiram que efetuaram os disparos. As forças de Israel dizem que abriram fogo após terem se sentido "ameaçadas". Elas negam, porém, terem sido as responsáveis pelas mortes e dizem que as vítimas foram mortas pisoteadas pela multidão.
Após as mortes, ministro de Israel defendeu o fim de ajuda humanitária à Faixa de Gaza. O chefe da Segurança Nacional de Israel, Itamar Ben-Gvir, disse que militares "agiram de forma excelente contra uma multidão de Gaza que tentou prejudicá-los". Ele também afirmou que é "loucura" a manutenção do envio de itens básicos de sobrevivência ao território.
Brasil sobe tom e acusa Israel de não ter "limite ético". Em comunicado emitido nesta sexta-feira (1º), o Itamaraty afirmou que tomou conhecimento "com profunda consternação, dos disparos por arma de fogo, por forças israelenses".
As cenas também foram denunciadas pela ONU e geraram de especialistas em direitos humanos. Para o governo brasileiro, as aglomerações em torno dos caminhões que transportavam a ajuda humanitária "demonstram a situação desesperadora a que está submetida a população civil da Faixa de Gaza e as dificuldades para obtenção de alimentos no território".
"O governo Netanyahu volta a mostrar, por ações e declarações, que a ação militar em Gaza não tem qualquer limite ético ou legal", disse comunicado do Itamaraty.
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