A expectativa e a ansiedade para hoje, última noite de apresentação do Festival Folclórico de Parintins, tem um peso de responsabilidade maior para alguns itens dos bumbás Garantido e Caprichoso, uma vez que somente aqueles que compõem o bloco A (Apresentador - item 1; Levantador de Toadas - item 2; Batucada ou Marujada - item 3; Amo do Boi - item 6; Boi-Bumbá Evolução - item 10; Toada, Letra e Música - item 11; e Galera - item 19) serão julgados.
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Mas a pressão para o encerramento do Festival não é problema para o diretor da Marujada de Guerra do Caprichoso, Afonso Piranha. Ele afirma que os 300 marujeiros de Parintins e os 100 de Manaus estão preparados para mais uma vitória do Boi Azul. “Ano passado fomos 10 em tudo e isso deu moral para nós fortalecermos o grupo”, confessou Piranha.
Ele ressalta que, neste ano, a Marujada estreia o maestro Márcio, que contará com o apoio de Luiz Carlos e Vitor Hugo. Experiente no ramo bovino, o apresentador David Assayag está seguro e confiante. Ele conta que nos 25 anos que tem de Festival, já passou por muita coisa e, pos isso, se sente tranquilo.
“A emoção está à flor da pele. Estamos saindo para isso, para fazer um bom Festival e que venha o bicampeonato”. Ciente da responsabilidade, o Amo do Boi, Edmundo Oran, explica que a união de toda a nação azul e branca levará o Caprichoso ao título. “Com fé e dedicação vamos, juntos, conquistar o bicampeonato”.
Surpresas
O membro do Conselho de Arte do Caprichoso Chico Cardoso adiantou que a noite de hoje, será de transformações alegóricas. Como o bumbá não tinha nenhuma alegoria nova, os artistas reorganizaram as coisas, em comum acordo com o Conselho de Arte do Boi.
“Os artistas reformularam as pinturas e aproveitaram peças”, disse. Para a última noite, o Caprichoso vai homenagear os negros e sua contribuição cultural para a história de Parintins. “Hoje a gente come feijoada, faz cafuné... Faz coisas que eles trouxeram pra gente”, ressaltou Cardoso.
“A (revolução) Cabanagem passou por Parintins, entre São José do Rio Negro e Grão-Pará,no século 19, na época em que a cidade era porto obrigatório de parada, onde se pegava a banha de tartaruga para acender o candeeiro para iluminar as casas e os barcos”, contou.
A Lenda Amazônica Paitunaré será a mesma da noite anterior, quando foi usada como elemento da encantaria da exaltação folclórica, mas desta vez mostrará como se deu e ainda acontece a lenda na região de Parintins. Outro ponto importante da última noite será a homenagem aos artistas que fizeram o Festival acontecer.
A surpresa ficará a cargo do apresentador Fabiano Neves, que promete chamar os artistas do Caprichoso e do “contrário” ao centro da Arena e cantar a toada “Artistas de Parintins”.
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