O PSG possui problemas além do âmbito esportivo para se preocupar. Recentemente, a Direção Nacional de Controle de Gestão (DNCG), órgão encarregado por fiscalizar as contas das equipes francesas, divulgou os balanços da temporada passada e o clube da capital francesa acumulou um prejuízo inéditos: cerca de 368 milhões de euros (mais de R$ 2 bilhões, na cotação atual).
Durante a última temporada, que vai do dia 1º de julho de 2021 a 30 de junho de 2022, o Paris Saint-Germain gastou 181 milhões de euros em transferências — incluindo uma parcela de 35 milhões ao Monaco, por Kylian Mbappé. De acordo com a DNCG, 39,4 milhões de euros deste valor foram referentes aos honorários de agentes e intermediários das negociações.
Um levantamento que ajuda a entender estes gastos foi feito pelo jornal Gazzeta dello Sport. O portal italiano fez um ranking com as 10 maiores folhas salariais do mundo e o PSG, com R$ 4 bilhões, liderou a lista. O valor registrado é um recorde na história do futebol, já que nunca um clube gastou tanto em salários de jogadores.
As contratações de Lionel Messi, Sergio Ramos, Gianluigi Donnarumma e Achraf Hakimi, aliadas ao elenco estrelado, que já contava com nomes importantes como Neymar, Mbappé, Marquinhos e Verratti, tiveram impacto direto para o valor desta folha salarial.
As perdas de 368 milhões de euros são, sem dúvida, o pior exercício contabilístico da história do futebol francês, ultrapassando precisamente os 224 milhões que o PSG acumulou durante a época 2020/2021. O diretor de futebol Luis Campos, inclusive, terá a missão de aliviar os gastos da folha salarial do clube, que aumentou 109%.
Em relação as receitas, o time parisiense gerou 669,6 milhões de euros. Divididos entre 139 milhões em direitos de transmissão, 377 em patrocínios e publicidade, 57 em renda de ingressos do Parc des Princes e em 96 de outras fontes. Lembrando que na temporada passada, o PSG conquistou apenas o Campeonato Francês e foi eliminado nas oitavas de final da Champions League.