O Ministério Público de Madri arquivou o inquérito sobre os insultos racistas proferidos contra Vinicius Júnior, atacante brasileiro Vinícius Júnior, que atua pelo Real Madrid. A entidade afirmou que as ofensas "duraram alguns segundos" e aconteceram em contexto de "máxima rivalidade".
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O caso aconteceu em setembro deste ano, durante uma partida disputada no estádio Wanda Metropolitano, contra o Atlético de Madrid. Na ocasião, os torcedores da equipe entoaram cânticos em que chamavam Vini Júnior de "macaco".
Após o ocorrido, ambos os clubes, assim como entidades e a Comissão Antiviolência da Espanha condenaram os insultos racistas. O Ministério Público de Madri - diante disso - abriu um procedimento para identificar "se houve cometimento de crime".
Nesta sexta-feira, contudo, o MP afirmou em comunicado que as ofensas "não representariam crime contra a dignidade" de Vini e que considera que elas não poderiam ser atribuídas a uma pessoa específica.
O órgão não identificou os autores dos insultos, através das imagens obtidas pelas câmeras de segurança. Averiguaram apenas imagens e não os áudios, "pois o sistema de gravação do estádio não capta som".
A lei na Espanha - Na Espanha, há uma legislação - desde 2007 - para casos de incidentes violentos no esporte, incluindo o racismo. A lei prevê que "infrações graves" de racismo podem gerar multas individuais de 60 mil a 650 mil euros, ou valores mais baixos - entre 3 mil e 6 mil euros. Além disso, os torcedores podem ser banidos e os clubes podem ficar sem seus estádios - por até dois meses a dois anos.
Ao mesmo tempo, há ainda o código de disciplina da Real Federação Espanhola - em que há possibilidade de acusam de omissão por não tomar providências para evitar casos de racismo. Apesar de todas essas previsões, os respectivos órgãos não têm o hábito de aplicar punições severas.
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