'Me sinto ofendida', diz mãe de Isabella sobre possível ida de Alexandre Nardoni para regime aberto

Publicado em 12/03/2024, às 12h43
Ana Carolina Oliveira, mãe de Isabella Nardoni | Reprodução / TV Globo
Ana Carolina Oliveira, mãe de Isabella Nardoni | Reprodução / TV Globo

Por Francisco Lima Neto / Folhapress

Ana Carolina Oliveira, mãe de Isabella Nardoni, morta aos 5 anos,em março de 2008, disse nesta terça (12) que se sente ofendida pela possível ida de Alexandre Nardoni para o regime aberto. Pai da menina, ele foi condenado a 30 anos e dois meses de prisão pelo assassinato da filha.

Nardoni progrediu para o semiaberto em 2019, depois de cumprir 11 anos de prisão em regime fechado. O semiaberto permite que ele trabalhe fora da prisão durante a semana e deixe o presídio em cinco oportunidades ao longo do ano, em datas comemorativas. Agora, Nardoni pode ter o benefício do regime aberto a partir de abril.

"Eu me sinto ofendida, como mãe, e até em memória da minha filha, porque a gente não espera. Sabe que vai acontecer, mas não espera que aconteça", disse Oliveira em entrevista à apresentadora Patrícia Poeta, no programa Encontro, da TV Globo.

"Sabendo tudo o que aconteceu, vivendo essa história, vivendo esse luto, e saber que isso vai acontecer agora [o regime aberto], eu realmente me sinto bem triste por tudo isso. Graças a Deus a Justiça na época foi feita, mas é bem pouco o tempo [de] 16 anos [de prisão] para o tamanho do crime que aconteceu", completou.

O TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) afirma, contudo, que não há nenhuma decisão judicial sobre eventual ida de Alexandre Nardoni para o regime aberto.

O advogado Roberto Podval, que o representa, foi questionado, mas respondeu apenas que a defesa não se manifesta sobre este caso.

Anna Carolina Jatobá, madrasta de Isabella e também condenada, já cumpre pena no regime aberto desde junho do ano passado.

O casal foi condenado em março de 2010 pelos crimes de homicídio triplamente qualificado e fraude processual -por ter alterado a cena do crime. Em 2008, a menina foi asfixiada e jogada do sexto andar do prédio onde o casal morava, na zona norte da capital paulista.

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