Se dependesse única e exclusivamente do Manchester United, Cristiano Ronaldo iniciaria a Copa do Mundo de 2022 já como jogador livre no mercado da bola e com um processo na Justiça nas costas.
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Os advogados do clubes inglês estão buscando desde o começo da semana vias legais para romper o vínculo (válido até junho de 2023) por justa causa e, segundo o UOL Esporte apurou, também avançar com um pedido de indenização.
Por questões legais, o primeiro passo do clube é comunicar e oficializar um castigo disciplinar interno. Daí em diante, pressionar automaticamente Cristiano a aceitar nesta altura a saída de mãos vazias, com a seguinte compensação: o descarte da eventual ação judicial.
A queda de braço entre Ronaldo e United é antiga. Começou entre julho e agosto deste ano, quando o craque português tentou nos bastidores a rescisão, mas sem abdicar do salário que tinha direito até o último dia de contrato -na ocasião, pouco mais de 30 milhões de euros. Não houve qualquer acordo.
Agora no meio da temporada, o veterano atacante, a princípio, também não estaria disposto a facilitar nas conversas. Cogitaria, no máximo, negociar o valor que ainda lhe resta, aproximadamente 15 milhões de euros. A forte possibilidade de pedido de indenização por parte dos ingleses, no entanto, pode fazer o cenário mudar.
O Manchester United alega que a entrevista bombástica do português ao famoso jornalista britânico Piers Morgan, onde revelou que se sente traído e não tem respeito pelo treinador Erik ten Hag, feriu vários regulamentos da instituição.
Ao pedir para participar do polêmico bate-papo televisivo que tem marcado os últimos dias da imprensa internacional, Ronaldo sabia de boa parte das consequências. Foi, inclusive, avisado de antemão pelos seus assessores e representantes. Porém, quis falar na mesma.
A decisão de abrir a boca sobre os recentes casos no Manchester United faz parte de uma estratégia bem desenhada na própria cabeça do jogador de 37 anos. Mesmo eventualmente com o desemprego à vista, acredita que vai ter sucesso no Qatar com a seleção portuguesa e, consequentemente, ver novas portas abertas na Europa.
Na conversa com Piers Morgan, aliás, Cristiano Ronaldo fez uma revelação ainda mais forte sobre o futuro próximo. Admitiu que vai encerrar a vitoriosa carreira caso Portugal seja campeão mundial -já ergueu a Eurocopa (2016) e Liga das Nações (2019).
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