O governo de Israel não autorizou a saída de brasileiros e de outros estrangeiros da Faixa de Gaza neste sábado (14). A concordância do país é imprescindível para o sucesso da operação de evacuação. Na sexta (13), o governo israelense tinha sinalizado a autoridades brasileiras que permitiria a passagem de brasileiros até a fronteira de Gaza com o Egito.
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Com isso, o grupo poderia chegar ao país árabe, onde estaria a salvo dos bombardeios. A tensão, neste momento, aumentou entre diplomatas. Israel controla regiões do sul de Gaza, e inclusive já fez vários bombardeios perto da fronteira do território com o Egito, o que impede o trânsito das pessoas até o ponto de passagem.
Como a coluna antecipou na sexta, o Egito já tinha informado ao governo brasileiro que autorizaria a passagem dos civis do Brasil e de outros países por sua fronteira. O ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social, Paulo Pimenta, confirmou a informação e alertou, ao mesmo tempo, que faltava acertar detalhes com Israel.
Neste sábado, um grupo de brasileiros refugiado pelo Itamaraty em uma escola católica da cidade de Gaza conseguiu deixar o local e chegou a uma região fora da zona de evacuação determinada por Israel. Bombardeios israelenses contra Khan Yunis, a cidade por onde o grupo passaria antes de cruzar a fronteira para o Egito, no entanto, atrapalharam o percurso. Como mostrou a Folha, o grupo deverá ficar na casa de uma das famílias de nacionalidade brasileira da cidade, que também pediram para serem evacuadas de Gaza. A Embaixada do Brasil em Tel Aviv já repassou às Forças de Defesa de Israel informações sobre o prédio em que os brasileiros estão hospedados, fazendo apelos para que ele não seja bombardeado.
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