Alagoas

Homem filmado fazendo sexo em praia de Maceió é afastado do curso de delegados em Alagoas

Eberth Lins | 10/10/24 - 12h47
Casal flagrado e filmado fazendo sexo na praia de Ponta Verde | Foto: Reprodução

Uma denúncia levou ao afastamento de um aluno do Curso de Formação de Delegados na Polícia Civil de Alagoas. O aluno seria o homem que foi filmado, em abril deste ano, mantendo relação sexual com uma mulher, em público, na areia da praia de Ponta Verde, em Maceió. Mesmo após ser indiciado pelo ato obsceno, ele passou a participar do Curso 2024 da Escola Superior de Polícia Civil (ESPC). 

Em nota, no início da tarde desta quinta-feira (10), a Delegacia Geral da Polícia Civil informou que o aluno foi afastado do referido curso. O vídeo foi gravado em abril deste ano e rapidamente viralizou nas redes sociais. As imagens mostravam o homem e uma mulher na areia da praia em ato obsceno, numa área de grande movimentação da orla marítima da capital, o que chocou a população e ganhou repercussão em noticiários de todo o estado e até em jornais nacionais

À época, a Polícia Civil instaurou inquérito para investigar o caso e, no mês seguinte, a delegada Luci Mônica, que conduziu a investigação, disse ter identificado o homem, que atuava como policial judiciário no estado do Ceará.

"Foi uma investigação minuciosa, onde contamos com o setor de inteligência do Ministério Público. Nós conseguimos seguir o passo a passo desse homem que foi flagrado mantendo relação sexual com uma mulher na areia da Praia de Ponta Verde. Para a investigação, foi mais fácil seguir os passos do homem do que seguir os passos da mulher. Ele não é um cidadão pobre e poderia pagar um lugar para fazer o que ele fez. Ele é um policial judiciário da cidade de Sobral, que fica no estado do Ceará. Já temos o nome completo dele, idade e toda a identificação necessária", disse Luci Mônica em entrevista à TV Pajuçara, em maio deste ano.

Delegados são operadores do Direito e, antes de assumir a função, têm como etapa classificatória a investigação social. Integrante da PCAL, o delegado Fábio Costa repudiou a possibilidade do homem flagrado em ato obsceno em público passar a atuar também como autoridade policial. "Não é possível que alguém envolvido em um caso como esse venha a ocupar um cargo de tamanha responsabilidade e respeito", disse ele ao denunciar o caso nas redes sociais.