Família cria vaquinha online para atleta mirim participar de campeonatos de xadrez

Marquinhos terá dois grandes desafios nos próximos dias: o Nordestão de Xadrez, que acontecerá do próximo dia 6 até o dia 10, em Aracaju - SE; e o campeonato Pan-americano de Xadrez Aberto, Escolar e Universitário, que acontecerá de 12 a 17 de setembro, em Maceió.

Além das duas competições do mês de Setembro, Marquinhos pretende participar do Campeonato Brasileiro de Xadrez Escolar 2023, que acontecerá entre os dias 13 e 15 de outubro, em Belo Horizonte - MG e do Pan-americano Sub-20 de Xadrez, competição que acontecerá em novembro, no Rio de Janeiro. No entanto, segundo a família, o atleta não tem patrocínio e também não conta com apoio financeiro para participar das competições. 

Para custear as competições de Marquinhos, a família resolveu criar uma "vaquinha online" (veja, abaixo, como contribuir) na internet para tentar arrecadar fundos e ajudar nos custeios das viagens e competições. Com a vaquinha, os familiares já conseguiram arrecadar 50% do valor necessário. 

"Nós sempre arcamos com todos os custos das participações dele nas competições, porém são vários campeonatos. A maioria deles acontecem em outro estado. Hoje, por exemplo, estamos em Aracaju, onde ele vai participar de uma competição. Além do deslocamento, temos o valor de inscrição, hospedagem, alimentação e vários outros custos. Criamos essa vaquinha para que ela possa participar dessas competições. Esses gastos se estendem pra mim, que viajo com ele e o acompanho nos torneios", disse Leandro Carvalho Souto, que é pai de Marcos Maia, em entrevista ao TNH1. 

Leandro também relatou ao TNH1 que o custo para o filho participar de uma competição pode chegar ao valor de R$10 mil. "Além dessas competições em setembro, teremos outras duas, em Minas Gerais e Rio de Janeiro, que demanda ainda mais gastos. Em novembro, vai acontecer no Rio de Janeiro o Pan-americano Sub-20 de Xadrez, porém só a inscrição é quase R$1 mil. Se contarmos com o deslocamento e hospedagem para uma semana de competição, esse valor se aproxima de R$ 10 mil. É o sonho do meu filho, ele escolheu jogar xadrez, porém são valores que eu não tenho como arca", completou o pai.

Orgulho do filho e frustação pela falta de apoio - Segundo a família, Marquinhos é uma daquelas crianças prodígio, que desde novo sempre soube o que queria. O pai conta que o filho começou a jogar xadrez após ver uma tabuleiro gigante em uma festa. Ao voltar pra casa depois do evento, Marquinhos começou a brincar de montar o próprio xadrez, e ganhou de presente um tabuleiro do pai.

"Ele que decidiu jogar. Tudo começou quando ele viu um tabuleiro de xadrez gigante em uma festa, e quis montar um tabuleiro em casa para jogar. A partir daí, eu comprei um xadrez pra ele e comecei a ensiná-lo. Eu já joguei xadrez por hobby, comecei a auxiliar o meu filho, porém ele foi aprendendo tudo muito rápido e tive que contratar um professor particular. Não durou muito e esse professor também foi ficando obsoleto. Nesse momento, ele começou a competir e não parou mais. Atualmente, Marquinhos tem um treinador e é auxiliado nas competições", disse.

Leandro também se diz frustrado pela falta de incentivo no esporte do filho. "Meu filho tem apenas 6 anos e já coleciona títulos. Ser jogador de xadrez é complicado, é um esporte complexo e difícil. Não temos nenhum tipo de apoio, e lamentamos muito isso. Incentivamos o sonho dele, porém ele representa, além do próprio sonho, todos que têm vontade de tornar enxadrista, de competir, de ser campeão", finalizou.

Como ajudar o enxadrista mirim - Para contribuir com o sonho do Marquinhos, é só clicar nesse link (clique aqui) ou doar via Pix usando a chave: [email protected].