A Áustria promete montar um esquema especial de isolamento do autódromo para ser a primeira etapa do Mundial deste ano da Fórmula 1, no início de julho.
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Depois de nove etapas sofrerem com adiamentos e cancelamentos por causa da pandemia do novo coronavírus, a organização da prova disputada no autódromo Red Bull Ring, em Spielberg, quer estabelecer medidas como portões fechados, ausência da imprensa e limitação de funcionários das equipes e utilização obrigatória de máscaras em mecânicos para poder receber a prova.
Embora o GP da França ainda esteja marcado para ser realizado em junho, antes da etapa austríaca, é provável que a prova seja outra que sofrerá adiamento. Por isso, a categoria conversa agora para conseguir, finalmente, abrir a temporada na Áustria, país onde a situação da pandemia tem melhorado e aos poucos o comércio e o serviços locais têm voltado a funcionar.
"Todos têm medo e por isso serão extremamente cuidadosos. Tentaremos reduzir o máximo possível o número de funcionários dos times e fornecedores. Isso aumenta as chances de sucesso. Estamos trabalhando duro para que aconteça (a corrida). As chances são boas", disse o consultor da Red Bull, Helmut Marko.
O plano dos gestores do autódromo é permitir que cada equipe possa levar no máximo 90 integrantes. Nas etapas europeias as principais escuderias chegam a levar mais de 200 funcionários para as etapas.
A lista de cuidados incluiria além dos portões fechados a ausência de convidados VIPs e até veto à presença de jornalistas que fazem a cobertura das corridas. Quem trabalhasse na prova, teria ainda de usar máscaras.
Para compensar a ausência de cobertura jornalística mais ampla da prova, Marko afirma que o ideal seria que os canais de TV possam exibir no mesmo final de semana etapas da categorias suporte à Fórmula 1, como as Fórmulas 2 e 3.
"Tudo isso só pode ser feito dentro dos regulamentos de segurança (da Áustria). Eles ainda estarão em vigor no momento da realização da prova", comentou Marko.
A temporada de 2020 da Fórmula 1 teria início em 15 de março, na Austrália, mas a prova foi cancelada horas antes do primeiro treino para evitar o contágio do novo coronavírus. Outra etapa que também acabou desmarcada do calendário foi Mônaco.
Outros sete compromissos estão por enquanto adiados e não tem data para serem realizados: Bahrein, Vietnã, China, Holanda, Espanha, Azerbaijão e Canadá.
AUTÓDROMO VIRA HOSPITAL
Enquanto a Fórmula 1 tem discutido mudanças no calendário e até aplicado reduções salariais para pilotos, funcionários e gestores, uma antiga pista da categoria virou hospital.
Sede do GP da Índia de 2011 a 2013, o autódromo de Buddh, em Nova Délhi, abrigou nas últimas semanas uma estrutura provisória montada para acomodar até 5 mil pessoas. Cada uma permaneceria por lá 14 dias.
O governo indiano organizou o espaço para abrigar trabalhadores que deixariam a capital, Nova Délhi, e voltar ao fim da quarentena obrigatória para as suas cidades de origem.
A preocupação é que o grande fluxo de pessoas possa espalhar a doença pelo interior do país. As moradias improvisadas foram montadas no complexo do autódromo, mas a pista de corrida permaneceu intacta.
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