No dia seguinte ao anúncio de suspensão do Grande Prêmio da Austrália, a Fórmula 1 decidiu, nesta sexta-feira (13), adiar também as provas do Barein e do Vietnã, que aconteceriam nos dias 22 de março e 5 de abril, respectivamente.
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Seria a estreia da etapa vietnamita no circuito mundial. Considerando também o GP da China, que já estava adiado, as quatro primeiras provas do ano foram suspensas em razão da pandemia de coronavírus. Não há novas datas definidas para os eventos.
A F-1 afirmou esperar que o início da temporada se dê apenas no final de maio e na Europa, sem especificar onde. O primeiro evento europeu programado no calendário é o da Holanda, com previsão para o dia 3 de maio e que, portanto, pode também sofrer alterações. A decisão ainda está sobre análise, dado o crescente número de casos de contaminação no continente.
Na quinta (12), a organização do campeonato havia optado por cancelar o GP australiano, que abriria, neste final de semana, o Mundial de 2020, devido à pressão para abortar a corrida depois que um membro da equipe McLaren teve um diagnóstico de infecção pelo novo coronavírus.
Houve reuniões entre dirigentes durante boa parte da madrugada, em Melbourne, no circuito de Albert Park. Uma decisão era necessária porque havia duas sessões de treinos livres programadas para esta sexta (o primeiro às 22h de quinta, no horário de Brasília).
A McLaren já havia avisado que não participaria dos eventos do final de semana na Austrália, mesmo antes de seu cancelamento, mas havia alguma insistência por parte dos dirigentes da FIA (Federação Internacional de Automobilismo) em manter a agenda, o que não foi possível.
Vários pilotos já haviam manifestado contrariedade em relação à continuidade da programação. A preocupação existia sobretudo por causa do número de pessoas que trabalham em proximidade física, no espaço das escuderias no paddock.
"Estou muito, muito surpreso que estejamos aqui. Vimos o [presidente dos Estados Unidos, Donald] Trump fechar as fronteiras, a NBA foi suspensa. E estamos aqui", disse o hexacampeão Lewis Hamilton, na quinta. "O dinheiro é rei", acrescentou o britânico.
No fim, apesar do impacto econômico, a FIA decidiu cancelar o GP da Austrália. Houve uma votação entre as nove equipes que permaneceram no circuito após a partida da McLaren, e a maioria decidiu pela não realização da corrida.
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