Brasil

Ex-militar é preso suspeito de envolvimento nas mortes de Marielle e Anderson

TNH1 com agências | 18/12/18 - 10h25

Nesta terça-feira (18), um ex-policial militar foi preso suspeito de envolvimento nas mortes da vereadora Marielle Franco (Psol) e do motorista Anderson Gomes, em março deste ano. Capturado em Guapimirim, na Baixada Fluminense, Renato Nascimento Santos, conhecido como Renatinho Problema, foi localizado por agentes da 82ª DP (Maricá).

De acordo com a polícia, o ex-militar é suspeito de integrar uma milícia. Contra ele havia dois mandados de prisão: por homicídio e outro por porte ilegal de arma.

A delegada Carla Tavares, titular da 82ª DP, informou que Renato Nascimento está sendo levado à delegacia de Maricá, de onde seguirá para a Delegacia de Homicídios (DH) do Rio de Janeiro. A especializada é responsável pela investigação das mortes de Marielle e Anderson, que foram mortos a tiros na noite de 14 de março, no bairro Estácio.

Disputa fundiária

A disputa fundiária e política na Zona Oeste do Rio — em especial, Rio das Pedras, Vargem Grande, Vargem Pequena e Pedra de Guaratiba — pode ser a motivação das mortes de Marielle e Anderson. Baseado nessa linha de investigação, o Ministério Público pediu a expedição de mandados de busca e apreensão na casa do vereador Marcello Siciliano (PHS), no gabinete dele na Câmara dos Vereadores e nas empresas do parlamentar, nessa sexta-feira.  O objetivo é descobrir se há uma ligação entre Siciliano e o assassinato da vereadora.

O parlamentar, que não estava em casa, na Barra da Tijuca, nem compareceu na quinta-feira à Câmara dos Vereadores, foi à Cidade da Polícia na ocasião e disse que estava perplexo com a operação.

“Continuo muito indignado com essa exposição toda com a minha família. Estou muito triste. Depois de nove meses, estar passando por tudo isso. Eles não terem nada contra mim e montarem uma operação pela Delegacia do Meio Ambiente para tentarem me incriminar em alguma coisa, para achar um motivo para eu ter feito essa tamanha covardia. Não sou criminoso. Não sou bandido. Tenho cinco filhos, três netos. Estou muito envergonhado com essa exposição toda errada a meu respeito, essa tentativa de me insinuar qualquer coisa parecida”, afirmou Siciliano.