Diddy promoveu 'estupro coletivo vingança' de mulher que acreditava em sua participação no assassinato de Tupac, revela processo

Publicado em 16/10/2024, às 20h05
Foto: Reprodução/Redes Sociais
Foto: Reprodução/Redes Sociais

Por Revista Monet

Um novo processo movido contra Sean Diddy Combs acusa o rapper e produtor musical de ter promovido o estupro coletivo de uma mulher que teria dito a ele que acreditava em sua participação no assassinato de Tupak Shakur, em 1996.

Documentos judiciais obtidos pelo site TMZ apontam que a vítima, identificada como Ashley Parham, conheceu um amigo de Diddy em um bar em 2018. Na ocasião, o rapaz ligou para o rapper em uma ligação de vídeo, e a mulher não ficou impressionada com a tentativa do "paquera" em se gabar do amigo famoso. Para piorar, ela mencionou que acreditava que Diddy tinha conexões com a morte de Tupac.

Diddy teria dito à vítima que ela "pagaria" por seu comentário e pela reação esnobe a sua aparição. Cerca de um mês depois, o rapaz com que ela tinha se encontrado orquestrou um plano que a levou a ser violentada.

De acordo com o processo, o homem que ela conheceu no bar a convidou para sua casa em Orinda, na Califórnia. Já no local, ela foi surpreendida com a chegada de Diddy, que disse a ela que "ela achava que nunca o veria pessoalmente". O rapper então segurou uma faca na lateral do rosto dela e disse que lhe daria um "sorriso de Glasgow" - um corte feito da boca às orelhas famoso entre criminosos escoceses - em retaliação aos seus comentários sobre Tupac.

A vítima mencionou que Kristina Khorram, funcionária de Diddy, também estava lá, e pediu para o rapper não cortar seu rosto porque ela poderia ser "vendida" para potenciais clientes em busca de sexo. Diddy então teria tirado as roupas da mulher, coberto seu corpo com um líquido de uma garrafa que ele tirou de uma pochete, e inserido um controle remoto em suas partes íntimas de forma violenta. Em seguida, teria forçado sexo anal com a vítima e depois instruído outros dois homens a fazerem o mesmo.

Quando os agressores a abandonaram na casa para fumar no quintal, Ashley pegou uma faca, cobriu seu corpo e tentou fugir. Na porta da residência, se deparou com Diddy, que se disse surpreso de vê-la de pé após ter dado a ela "drogas suficientes para derrubar um cavalo".

O rapper teria oferecido dinheiro em troca de seu silêncio e garantiu a ela que a relação violenta teria sido consensual. A vítima negou a proposta e disse que iria à polícia, mas foi ameaçada, ouvindo que seria a palavra dela contra a de um famoso, e que sua família seria machucada caso ela levasse a denúncia adiante. De acordo com o relato, um dos amigos de Diddy teria mostrado imagens ao vivo de alguém filmando a casa de sua irmã.

No depoimento, a vítima disse ter ouvido de Diddy que ele já escapara de crimes piores, incluindo a morte de Tupac. Em um certo momento ela conseguiu correr de seus agressores, gritando para os vizinhos em busca de ajuda. Nesse momento ela ouviu o SUV de Diddy arrancando e se afastando da casa.

A vítima teria informado o crime para um xerife do Departamento de Polícia do Condado de Contra Costa e fez a denúncia para Polícia de Walnut Creek e para o Departamento de Polícia de Orinda. Contudo, foi informada que em nenhum dos lugares qualquer investigação foi aberta.

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