Ainda que a genética tenha um papel importante na forma como envelhecemos e nas questões que desenvolveremos pelo caminho, os hábitos ainda têm um grande peso nesta equação, principalmente quando falamos sobre a pele. Há detalhes no estilo de vida que podemos ajustar para que, ao longo dos anos, sintamos um menor impacto da passagem do tempo. Para ajudar na missão, separamos cinco conselhos de uma cientista para levar para a rotina em busca de uma vida (e uma pele) mais saudável.
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Alimentação balanceada: que tal a dieta mediterrânea? - Existem dados que confirmam que, em 2023, há uma epidemia de deficiências vitamínicas. Em entrevista a Vogue, a bioquímica Leticia Carrera lembra que a alimentação, o estilo de vida e os agentes ambientais influenciam muito mais o estado da nossa pele do que a própria carga genética.
Assim, sugere uma alimentação inspirada na dieta mediterrânea: predominância de frutas e vegetais, gorduras saudáveis (olá, azeite e oleaginosas!) e proteínas magras (como os peixes e os grãos).
Menos café e menos açúcar - Para Carrera, o excesso de açúcar na alimentação é um vilão da saúde. “As moléculas de açúcar se ligam às fibras de colágeno em um processo conhecido como glicação e fazem com que a pele perca elasticidade.
O mesmo acontece quando consumimos farinha refinada, arroz ou batata. Também devemos evitar álcool, sal, gorduras trans e café”, ressalta. E explica por que não se deve abusar do café. “Está demonstrado que ele aumenta os níveis de cortisol, o hormônio do estresse”, diz ela.
Saúde mental em primeiro lugar - "O estresse acelera as mudanças naturais que ocorrem no DNA e são sinais de envelhecimento, enquanto ser psicologicamente resiliente e saber regular as emoções pode retardá-las. Não estar bem emocionalmente gera estados físicos e psicológicos, como nervosismo, ansiedade, frustração ou tristeza, que a longo prazo alteram nossos hábitos de vida mais saudáveis. Ao nível da pele, em momentos de estresse segregamos mais cortisol e os nossos níveis de colágeno o e elastina diminuem. Isso favorece o envelhecimento precoce da pele, manifestado na forma de perda de firmeza. Para completar todo esse repertório de problemas derivados da má saúde mental, devemos mencionar a habitual falta de sono, tanto em quantidade quanto em qualidade. Assim, um descanso incorreto desencadeia uma pele opaca, assim como inflamações ao redor dos olhos, bolsas e olheiras. O estresse ainda pode desencadear vermelhidão, acne e diversos tipos de dermatites e doenças autoimunes, como a psoríase”, aponta. Precisa de mais argumentos?
Proteção solar é regra - Não tem escapatória: o uso do protetor solar facial e corporal é lei nos 365 dias do ano. E, se possível, vale combiná-lo com outros ativos-guardiões, caso da vitamina C (que é antioxidante) e o retinol (que trabalha pela renovação celular).
Mínima intervenção - A tecnologia é uma grande aliada quando falamos em atrasar a deterioração celular e, consequentemente, evitar os sinais na pele. Entretanto, fazendo valer o tópico da saúde mental, é preciso lembrar: o envelhecimento é um processo natural, que não pode ser evitado e nem deve ser motivo de preocupação excessiva. Enfrentá-lo é sinal de que estamos vivas, afinal!
Portanto, vale traçar um limite entre tratamentos que podem dar aquele up na autoestima e recursos que distorcem, desfiguram, levam a um lugar de exagero em nome de um ideal de juventude eterna inatingível. Então, neste aspecto, menos é sempre mais.
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