O estado de Alagoas já registrou 116 casos de febre Oropouche em 2024. Os dados foram divulgados pelo Painel de Monitoramento das Arboviroses do Ministério da Saúde, nesta terça-feira (5). A doença, que é causada por um arbovírus, é transmitida pelo mosquito Culicoides paraensis, popularmente conhecido como maruim.
De acordo com o balanço, a maioria dos casos foram registrados em pessoas com idades entre 20 e 29 anos. O sexo feminino apresentou a maior incidência de casos, 20 no total.
Ainda em Alagoas, a menor incidência da doença foi registrada em crianças com menos de um ano. Já o número de mortos não foi divulgado pelo Ministério da Saúde
O que é a doença
O Oropouche é uma doença causada por um arbovírus (vírus transmitido por artrópodes) do gênero Orthobunyavirus, da família Peribunyaviridae. O Orthobunyavirus oropoucheense (OROV) foi isolado pela primeira vez no Brasil em 1960, a partir de amostra de sangue de uma bicho-preguiça (Bradypus tridactylus) capturada durante a construção da rodovia Belém-Brasília. Desde então, casos isolados e surtos foram relatados no Brasil, principalmente nos estados da região Amazônica. Também já foram relatados casos e surtos em outros países das Américas Central e do Sul.
Os sintomas são parecidos com os da dengue: dor de cabeça intensa, dor muscular, náusea e diarreia. Nesse sentido, é importante que profissionais da área de vigilância em saúde sejam capazes de diferenciar essas doenças por meio de aspectos clínicos, epidemiológicos e laboratoriais e orientar as ações de prevenção e controle.
Prevenção
- Evitar o contato com áreas de ocorrência e/ou minimizar a exposição às picadas dos vetores.
- Usar roupas que cubram a maior parte do corpo e aplique repelente nas áreas expostas da pele.
- Limpeza de terrenos e de locais de criação de animais.
- Recolhimento de folhas e frutos que caem no solo.
- Uso de telas de malha fina em portas e janelas.