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Vacinas: desvendando mitos e conhecendo os imunizantes necessários na vida adulta

Ana Carla Vieira | 19/09/24 - 14h55
Foto: Renato Rodrigues/Comunicação Butantan

Quando se fala em vacina, o mais comum é pensar logo no público infantil, já que muitos imunizantes, historicamente, são aplicados ainda na infância. Mas engana-se quem pensa que vacina é só coisa de criança. Os adultos podem, e devem, se vacinar, tanto pela necessidade de doses de reforço como por não ter tido contato com determinado imunizante na época da infância. 

Ainda no ano de 1973, por causa da alta mortalidade infantil, começavam as atividades do Programa Nacional de Imunizações (PNI) no Brasil. De início, o foco eram as crianças mas, ao longo do tempo, outros grupos foram incluídos nos calendários de vacinação. Atualmente, há estratégias para crianças, adolescentes, adultos, idosos e gestantes.

Segundo a OMS, graças às vacinas, cerca de 3 milhões de vidas são poupadas a cada ano. Antes das vacinas, a expectativa de vida era bem menor, a mortalidade maior e a saúde precária. De acordo com um recente estudo publicado pela revista The Lancet, em abril deste ano, vacinas para 14 doenças diferentes salvaram a vida de aproximadamente 154 milhões de vidas nos últimos 50 anos.

Mas, segundo a enfermeira, especialista em imunização, Cléa Belarmino, atualmente as vacinas têm deixado de ser aplicadas por causa de boatos e inseguranças. “Existe a insegurança nas reações adversas, insegurança de vacinar e adquirir a doença. Mas temos que ter em mente que as vacinas são seguras, são muito eficazes, não deve haver medo nem resistência em relação a elas, porque se houver qualquer reação isso também é natural”, disse a enfermeira.

“Vacina da Influenza, por exemplo, é muito importante, é anual, está no esquema vacinal e existe uma fake news que leva ao receio de gripar após a vacina, receio de provocar os eventos adversos de longo prazo. Até remédios que a gente toma gera efeitos colaterais, mas porque a gente não quer isso na vacina? Vacinar é a melhor prevenção. Não deixe para tratar, escolha prevenir”, enfatizou Cléa Belarmino. 

A enfermeira listou as principais vacinas a serem aplicadas na fase adulta, caso não tenha recebido quando criança, ou se houver perda do cartão vacinal, ou ainda em casos necessários específicos. Veja abaixo: 

  • Hepatite B

  • Hepatite A

  • Influenza

  • dT (difteria, tétano)

  • Febre amarela

  • Tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola)

  • Pneumonia (rede privada) 

  • Herpes zoster (rede privada)

  • HPV (rede privada)

  •  Dengue (rede privada para os adultos, por enquanto)

Para ser imunizado com as vacinas disponíveis na rede pública, basta procurar uma Unidade Básica de Saúde (UBS), chamada antigamente de posto ou centro de saúde. Caso tenha perdido o cartão de vacinação, pode ser feita a solicitação da segunda via do documento gratuitamente na própria unidade de saúde.

Especialistas consideram as vacinas como uma das maiores descobertas da ciência, “o milagre da saúde pública”. “As pessoas precisam acreditar mais na ciência. Fake news gera insegurança de se vacinar. É preciso que as pessoas se vacinem, não só pelo individual, mas pelo coletivo”, reforçou a especialista. 

"Mitos e Verdades da Vacinação” foi tema do quinto episódio do Videocast “Saúde em Foco”, um projeto do Pajuçara Sistema de Comunicação (PSCOM)  em parceria com o Centro Universitário Cesmac e o Laboratório ProclínicoAssista aqui ao Episódio 05.