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Câncer de pele tem grandes chances de cura; conheça os tipos de tratamento

Ana Carla Vieira | 04/01/24 - 13h34
Freepik

O câncer de pele ocorre principalmente nas áreas do corpo que são mais expostas ao sol, como rosto, pescoço e orelhas. Se não tratado adequadamente, pode destruir essas estruturas. A recomendação é que assim que qualquer sintoma ou sinal for percebido, procure o mais rapidamente o profissional de saúde especialista para confirmar diagnóstico e iniciar o tratamento.

Conforme esclarece a dermatologista oncológica da Oncoclínica Alagoas, Drª Ana Carolina Beraldo, há diversas opções de tratamento para câncer de pele não melanoma. “A opção escolhida vai depender do tipo de câncer e da extensão da doença. As opções são: cirurgia, curetagem, crio cirurgia, cirurgia a laser, cirurgia micro gráfica de Mohs, terapia fotodinâmica, radioterapia, quimioterapias orais ou tópicas e imunoterapia”, diz a médica.

Caso o câncer de pele seja descoberto em estágio inicial, o paciente não passa, por exemplo, pelas “temidas” radioterapia e quimioterapia. “Geralmente esses tratamentos são realizados em pacientes que possuem casos mais avançados da doença”, explica Drª Ana Carolina.

A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) defende que todos os casos de câncer da pele devem ser diagnosticados e tratados precocemente, inclusive os de baixa letalidade, que podem provocar lesões mutilantes ou desfigurantes em áreas expostas do corpo, causando sofrimento aos pacientes.

Saiba detalhes dos tratamentos mais comuns:

  • Cirurgia excisional: remoção do tumor com um bisturi, e também de uma borda adicional de pele sadia, como margem de segurança. Os tecidos removidos são examinados ao microscópio, para aferir se foram extraídas todas as células cancerosas. A técnica possui altos índices de cura, e pode ser empregada no caso de tumores recorrentes.
  • Curetagem e eletrodissecção: usadas em tumores menores, promovem a raspagem da lesão com cureta, enquanto um bisturi elétrico destrói as células cancerígenas. Para não deixar vestígios de células tumorais, repete-se o procedimento algumas vezes. Não recomendáveis para tumores mais invasivos.
  • Criocirurgia: promove a destruição do tumor por meio do congelamento com nitrogênio líquido. A técnica tem taxa de cura menor do que a cirurgia excisional, mas pode ser uma boa opção em casos de tumores pequenos ou recorrentes. Não há cortes ou sangramentos. Também não é recomendável para tumores mais invasivos.
  • Cirurgia a laser: remove as células tumorais usando o laser de dióxido de carbono ou erbium YAG laser. Por não causar sangramentos, é uma opção eficiente para aqueles que têm desordens sanguíneas.
  • Cirurgia Micrográfica de Mohs: o cirurgião retira o tumor e um fragmento de pele ao redor com uma cureta. Em seguida, esse material é analisado ao microscópio. Tal procedimento é repetido sucessivamente, até não restarem vestígios de células tumorais. A técnica preserva boa parte dos tecidos sadios, e é indicada para casos de tumores mal-delimitados ou em áreas críticas principalmente do rosto, onde cirurgias amplas levam a cicatrizes extensas e desfiguração.
  • Terapia Fotodinâmica (PDT): o médico aplica um agente fotossensibilizante, como o ácido 5-aminolevulínico (5-ALA) na pele lesada. Após algumas horas, as áreas são expostas a uma luz intensa que ativa o 5-ALA e destrói as células tumorais, com mínimos danos aos tecidos sadios.

Além das modalidades cirúrgicas, a radioterapia, a quimioterapia, a imunoterapia e as medicações orais e tópicas são outras opções de tratamentos para os carcinomas. Somente um médico especializado em câncer da pele pode avaliar e prescrever o tipo mais adequado de terapia.

Já para os melanomas, o tratamento varia conforme a extensão, agressividade e localização do tumor, bem como a idade e o estado geral de saúde do paciente. Segundo a SDB, as modalidades mais utilizadas são a cirurgia excisional e a Cirurgia Micrográfica de Mohs (citadas acima). Na maioria dos casos, o melanoma metastático não tem cura, por isso é importante detectar e tratar a doença o quanto antes. Embora não tenha cura, o tratamento do melanoma avançado evoluiu muito nas últimas décadas; hoje já é possível viver por mais tempo e com mais qualidade, controlando a doença em longo prazo. Para isso, é importante que os pacientes passem por testes genéticos capazes de determinar quais mutações apresentam, possibilitando, assim, a escolha dos tratamentos que podem trazer melhores resultados em cada caso.

Serviço

O TNH1, reconhecendo a importância de campanhas de conscientização e para levar ainda mais informação, durante este mês, em parceria com a Oncoclínica e a Unima Afya, realiza a série "Cores da Prevenção: Dezembro Laranja”, uma série de reportagens sobre câncer de pele.

Na Oncoclínica, pacientes em tratamento contra o câncer recebem tratamento humanizado, com equipe multiprofissional.

A Unima/ Afya disponibiliza orientação jurídica e atendimento gratuito para a comunidade em sua clínica de saúde.