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Câncer de mama não é o fim: a história da mulher que descobriu gravidez logo após o tratamento

Em um mês dedicado à conscientização sobre o câncer de mama, histórias de superação e esperança ganham destaque. Conheça a trajetória de Jéssica Tenório, que após vencer a doença, descobriu uma nova vida em seu ventre.

Ana Carla Vieira | 11/10/24 - 15h41
Jéssica Tenório descobriu gravidez após três meses do fim do tratamento contra o câncer de mama | Foto: Cortesia ao TNH1

Em 2022, a psicóloga Jéssica Tenório, hoje com 31 anos, recebeu um diagnóstico que mudaria sua vida. Aos 29 anos, a psicóloga começou a sentir dores na axila, um sintoma que nunca havia experimentado antes. "A dor persistia e, apalpando a região, encontrei um carocinho pequeno", relembra. Após uma série de exames, a realidade se impôs: ela tinha câncer de mama.

"Quando vi o resultado do exame e entendi que era maligno, a sensação foi de chão se abrindo. Comecei a ter uma crise de pânico", conta Jéssica, que se viu diante da necessidade urgente de tratamento.

Com coragem, ela iniciou o ciclo de quimioterapia, seguido por cirurgia e radioterapia. "Na terceira sessão já percebi o tumor reduzindo. No sexto, ele havia desaparecido", afirma, aliviada. Mesmo após as sessões, a psicóloga precisou passar por uma cirurgia e temia perder toda a mama. "Mas foi retirado apenas um quadrante, consegui preservar a mama, algo que me preocupava muito porque impacta a autoestima da mulher", complementa.

A Surpresa da Maternidade

Três meses após o término do tratamento, Jéssica teve uma nova surpresa: estava grávida. "Foi a coisa mais maravilhosa que aconteceu na minha vida. Durante o tratamento, eu sempre rezava pedindo a Deus para que me permitisse ser mãe. Mas eu ficava com aquela dúvida. Achava que quando eu fosse me programar para engravidar, eu ia ter que fazer um tratamento, que ia ser demorado, que ia ser um processo mais doloroso e, de repente, quando eu menos esperava, descobri que estava grávida. Foi uma bênção que Deus me deu para fechar com chave de ouro todo o processo, o tratamento e a fase que foi muito difícil", relata, emocionada.

Ela ressalta: "Câncer não é sinônimo de morte, não é sinônimo de finitude. Existe muita vida durante o câncer e, principalmente, após ele. É possível ainda ser feliz", diz Jéssica. 


A psicóloga em tratamento contra o câncer de mama | Fotos: Cortesia ao TNH1



A Visão do Especialista

O mastologista, e presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia - seção Alagoas, Alexandre Calado alerta que a incidência do câncer de mama entre mulheres jovens, com menos de 35 anos, tem crescido. "Atualmente, 30% dos casos são em pacientes nessa faixa etária, e os tumores costumam ser mais agressivos", explica.

Calado enfatiza a importância do diagnóstico precoce. "Na primeira suspeita de um nódulo, é fundamental procurar um mastologista. O câncer de mama, geralmente, se apresenta como um nódulo endurecido, e o tratamento é mais eficaz se iniciado em fase inicial", diz ele.

Acompanhamento e Esperança

Após a remissão, o acompanhamento médico é crucial. "O ideal é que a paciente consulte o médico a cada seis meses, na maioria das vezes, colocamos 5 anos e 10 anos como datas básicas de acompanhamento", recomenda Calado.

O especialista também observa que, embora a quimioterapia possa levar à dificuldade em engravidar, existem casos de sucesso, como o de Jéssica. "É um fato raro, mas é possível. A captação de óvulos antes do tratamento é uma opção para muitas mulheres", destaca.

No Outubro Rosa, a história de Jéssica Tenório é um lembrete poderoso da importância do diagnóstico precoce e da força feminina diante do câncer de mama. Com apoio, coragem e acompanhamento médico, é possível transformar um diagnóstico desafiador em uma nova oportunidade de vida.


Após 'perder o chão' com o diagnóstico, Jéssica celebra sua maternidade após o câncer de mama | Foto: Cortesia ao TNH1

Dicas de Prevenção

  • Autoexame Regular: Faça o autoexame das mamas mensalmente.
  • Consultas Semestrais: Visite o mastologista pelo menos duas vezes ao ano.
  • Mamografia: A partir dos 40 anos, faça mamografias anuais.
  • Estilo de Vida Saudável: Alimentação equilibrada e atividade física ajudam na prevenção.


'Como identificar e tratar o câncer de mama' foi tema do Episódio 08 do Videocast “Saúde em Foco”, um projeto do Pajuçara Sistema de Comunicação (PSCOM)  em parceria com o Centro Universitário Cesmac e o Laboratório Proclínico. Assista aqui ao Episódio 08