CNN Brasil
O cantor Agnaldo Rayol morreu, aos 86 anos, na madrugada desta segunda-feira (4). Ele faleceu após sofrer uma queda em sua casa em Santana, na zona norte de São Paulo.
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Apesar de ser algo comum, a queda de idosos pode desencadear problemas maiores para o bem-estar e saúde, exigindo atenção especial daqueles que cuidam de pessoas mais velhas em casa.
Com a ajuda de Isabella D’Amico, geriatra e coordenadora do programa CASE (Casos de Alta Complexidade) do grupo Hapvida NotreDame Intermédica, e de Polianna Souza, geriatra do Hospital Israelita Albert Einstein, a CNN lista 5 principais cuidados para evitar queda de idosos em casa. Confira:
1. Manter doenças crônicas controladas
De acordo com D’Amico, algumas doenças crônicas podem propiciar a ocorrência de quedas. É o caso da depressão, diabetes, hipertensão arterial, artrite, Parkinson, Alzheimer e acidente vascular cerebral (AVC).
“É imprescindível que o idoso tenha acompanhamento médico regular e siga as orientações dadas pelo especialista e pela equipe multiprofissional”, explica.
2. Corrigir déficits visuais e auditivos
Segundo Souza, corrigir déficits visuais e auditivos também é uma medida importante para evitar quedas em casa. É o caso de catarata e da degeneração macular relacionada à idade (DMRI), que pode causar visão embaçada e dificuldade de enxergar à noite.
3. Fazer mudanças necessárias em casa
A residência do idoso deve ser adaptada para eliminar fatores que aumentam o risco de queda. As especialistas listam os principais cuidados:
4. Praticar atividade física
“Caminhadas, natação, hidroginástica, dança, alongamento, tai chi chuan, além de exercício físico resistido (musculação) para fortalecimento muscular podem ajudar no equilíbrio e propriocepção (também conhecida como cinestesia, é a capacidade de perceber a posição do corpo no espaço)”, afirma D’Amico.
No entanto, outras modalidades também podem ajudar. “O exercício ideal seria aquele capaz de trazer fortalecimento, flexibilidade, equilíbrio e coordenação motora, mas costumamos dizer que o exercício ideal é aquele que a gente realmente faz”, acrescenta Souza.
Modalidades como pilates e ioga também podem ser interessantes por trabalharem esses pilares. “Mas devemos pensar que o fortalecimento global, principalmente o de membros inferiores no caso das quedas, é fundamental”, completa.
5. Atentar-se com os medicamentos utilizados e manter-se hidratado
De acordo com Souza, alguns medicamentos podem aumentar o risco de quedas, como os psicotrópicos, levando a sonolência ou reduzindo atenção, reflexos e equilíbrio. É o caso de anti-hipertensivos, diuréticos, antialérgicos e hipoglicemiantes. “Isso acontece, principalmente, quando utilizados de forma não orientada”, afirma a geriatra.
Além disso, a combinação de medicamentos também pode alterar o equilíbrio, causar sonolência, tontura e redução da atenção. “É importante respeitar a prescrição médica e tomar os medicamentos no horário indicado, sempre
utilizando água”, complementa D’Amico.
A hidratação é fundamental na terceira idade e ao longo do tratamento com medicações. “uma vez que muitas classes de medicamentos se associam a queda através de um mecanismo que chamamos de hipotensão postural e a desidratação facilita a ocorrência desta anormalidade”, explica Souza.
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