Assessoria
Analgésicos, antitérmicos e alguns calmantes ou ansiolíticos são alguns tipos de medicamentos que podem ser vendidos sem a necessidade de apresentação da receita médica. Mas o que deveria servir para aliviar sintomas causados por doenças como gripes e resfriados, por exemplo, também pode levar à dependência química.
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No Dia Nacional do Uso Racional de Medicamento, comemorado nesta sexta-feira (5), o psicólogo do Hapvida NotreDame Intermédica, Carol Costa, reflete sobre os riscos emocionais e mentais causados pela automedicação e afirma: o uso excessivo e indiscriminado de remédios exige acompanhamento médico e, principalmente, psicoterápico.
Entenda como se caracteriza a dependência a medicamentos
De acordo com profissional, a dependência medicamentosa se configura pela compulsão e obsessão que uma pessoa pode manifestar em relação ao uso de alguma substância, o que causa os fenômenos de abstinência e tolerância.
“A abstinência ocorre quando o paciente passa um período sem usar o medicamento e, por não estar consumindo, passa a desenvolver sintomas relacionados a sua falta, como inquietação, insônia, agitação, falta de ar, taquicardia, dores de cabeça e, em casos mais extremos, alucinações. Já a tolerância é quando o corpo já se acostumou com a droga e é necessária uma quantidade cada vez maior dela para gerar os mesmos efeitos que antes eram conseguidos com bem menos”, diz.
Segundo o psicólogo do Hapvida NotreDame Intermédica, todo medicamento apresenta riscos e benefícios relacionados ao seu consumo, e essa avaliação é realizada a partir de critérios técnicos e científicos, de acordo com o quadro do paciente e o conhecimento da doença.
Hábitos que acendem o sinal de alerta
Carol Costa elenca alguns hábitos que podem acender o sinal de alerta e exigir tratamento psicoterápico. “Geralmente, a pessoa viciada sempre anda com algum tipo de remédio por perto, ou guardado em gavetas, bolsas e armários. Outro comportamento comum é que o paciente não respeita os intervalos de tempo entre uma medicação e outra, e tende a aumentar as dosagens progressivamente”.
O especialista finaliza ao reforçar que a dependência de medicamentos só pode ser abandonada com tratamento especializado e adequado.
“A desintoxicação é um processo multidisciplinar que consiste em retirar os medicamentos ao qual a pessoa é dependente e deixar que a abstinência aconteça, para assim manter o controle até que o corpo se limpe das substâncias. O médico é importante nesse processo, mas muitas vezes o indivíduo precisa solucionar questões de ordem psicológica que a levaram ao uso de medicamentos como uma válvula de escape”, conclui.
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