Redação
No futebol existe uma máxima que diz: “Há coisas que só acontecem com o Botafogo”.
LEIA TAMBÉM
Mal comparando, não é absurdo dizer que na política “há coisas que só acontecem em Alagoas”.
Uma situação costuma se repetir, quanto a isso: a ânsia do gestor ou parlamentar se apropriar da paternidade de ações para as quais ele, como político, nem sempre contribuiu ou teve participação mínima que seja.
Foi o que aconteceu nesta terça-feira, 12, com o anúncio do presidente Lula (PT), pela manhã, de que o governo federal vai construir 100 novos campis do Instituto Federal de Educação no país, sendo três deles em Alagoas – Maceió, Girau do Ponciano e Mata Grande.
À tarde, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP/AL) se manifestou sobre o tema, dizendo:
“Fico feliz em ter trabalhado em defesa dos três novos campi do Ifal em nosso Estado, apoiando desde o início a oferta de mais cursos do instituto para novo jovens”.
Também à tarde, o governador Paulo Dantas (MDB) pegou carona na iniciativa do governo federal, se pronunciando em suas redes sociais:
“Juntando com os três que o governo estadual está construindo, serão seis novas unidades em Alagoas, com a oferta de 8 mil vagas. Um marco histórico para o Estado.”
Esse episódio remete ao comportamento de um deputado federal, de saudosa memória, que tinha livre trânsito nos gabinetes ministeriais durante os governos militares e no início da redemocratização.
O referido parlamentar se utilizava desse acesso fácil nos ministérios para acompanhar o andamento de projetos de Alagoas e, ao saber que estavam para ser liberados recursos para obras, telegrafava ou telefonava para o prefeito do município beneficiado para dizer que tinha sido ele que havia conseguido os recursos.
LEIA MAIS
Corpo de Bombeiros alerta para riscos no abastecimento de veículos elétricos em garagens no subsolo A pedra no sapato que impede a definição do futuro político do governador Paulo Dantas Casa da Indústria recebe hoje o “1º Workshop Sucroalcooleiro de Alagoas para Descarbonização da Mobilidade” Opinião: “Por que o Brasil bate recorde de recuperações judiciais, mesmo com a economia em crescimento”