Redação
O desfile do bloco Pinto da Madrugada no sábado, 3, alcançou todas as expectativas, inclusive em termos de presença de público e na manutenção de uma tradição de 25 anos: nenhum caso registrado de violência.
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Especialistas entendem que reunir cerca de 400 mil pessoas num evento público num clima de tranquilidade absoluta tem tudo a ver com uma proposta do bloco, que é exclusivamente a execução de frevos como ritmo musical.
Alguns incautos acham que o frevo é uma exclusividade de Pernambuco, mas isso não procede totalmente, pois Alagoas também tem tradição centenária no frevo, tanto em Maceió como em cidades do interior.
São incontáveis os compositores alagoanos de frevo, nos seus vários estilos, além de personagens marcantes que adotaram Alagoas como terra natal, sendo o pernambucano Edécio Lopes o mais marcante deles.
Outra demonstração da pujança do frevo em terras caetés: muitas das diversas orquestras que abrilhantam os desfiles do próprio Pinto da Madrugada são recrutadas em municípios do interior.
Daí porque não se justifica que exatamente no dia do desfile do Pinto da Madrugada pessoas sem o mínimo senso de cidadania e de respeito ocupem espaços ao longo da orla de Pajuçara e Ponta Verde com paredões de som propagando, em alto volume, ritmos musicais que nada têm a ver com as características propostas pelo bloco.
É uma questão aparentemente irrelevante, mas profundamente significante em termos de conteúdo.
Afinal de contas, o Pinto da Madrugada tornou-se a maior manifestação pública de frevo em Alagoas e não é justo que exatamente no dia em que o bloco sai às ruas meia dúzia de mal educados queiram impor, a pulso, ritmos que nada têm a ver com nossa cultura.
O ano tem 365 dias, que se respeite pelo menos um dia para permitir o frevo passar.
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