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Assim como o Santos fez com Eduardo Bauermann, o Fluminense também decidiu afastar temporariamente o zagueiro Vitor Mendes em meio à suspeita de manipulação de situações de jogo envolvendo casas de apostas no futebol brasileiro. Com isso, o defensor, que viajou com o time para Belo Horizonte, está fora da partida desta quarta-feira contra o Cruzeiro, às 21h30 (de Brasília) no Mineirão, pela quinta rodada do Brasileirão.
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Veja o comunicado oficial do clube:
O Fluminense FC informa que o atleta Vitor Mendes está afastado preventivamente das atividades do clube.
Procurado através de sua assessoria, Vitor Mendes ainda não se pronunciou. Apesar de ser reserva do Fluminense, o zagueiro, contratado nesta temporada, vem sendo usado com frequência e tem nove jogos e um gol com a camisa tricolor.
Emprestado ao Fluminense, Vitor Mendes pertence ao Atlético-MG e também é um dos jogadores citados em prints da investigação do Ministério Público de Goiás (MP-GO), na Operação Penalidade Máxima II. O nome do defensor aparece em conversas por "WhatsApp" que apontam que ele teria recebido uma quantia financeira para levar um cartão amarelo no ano passado, quando atuava pelo Juventude, em uma partida contra o Fortaleza na 27ª rodada do Campeonato Brasileiro.
A informação foi divulgada pela "Rádio Itatiaia" e confirmada pelo ge, que teve acesso às imagens. Vitor Mendes levou cartão amarelo na partida em questão e receberia R$ 35 mil dos apostadores. O MP tem um comprovante de que o jogador recebeu um PIX de R$ 5 mil no dia 21 de outubro da empresa "BC Sports Management", que tem como sócio Bruno Lopez, preso preventivamente, apontado como um dos chefes da quadrilha. Há ainda prints de conversas por "Whatsapp" em que o zagueiro estaria cobrando o pagamento restante do combinado (veja abaixo).
Entenda o caso - O Ministério Público de Goiás fez uma nova denúncia sobre manipulação de jogos no futebol brasileiro. Estão sob investigação partidas das Séries A e B do Campeonato Brasileiro de 2022, além de confrontos dos estaduais que aconteceram neste ano.
São pelo menos 20 partidas sendo analisadas pelo MP. A nova denúncia foi feita a partir da busca e apreensão de equipamentos em fases anteriores da Operação Penalidade Máxima e já foi acatada pela Justiça, que já tornou réus 16 pessoas investigadas.
Os clubes e casas de apostas são tratados como vítimas.
Os casos investigados envolvem apostas para lances como punições com cartões amarelo ou vermelho e cometer pênaltis. Bruno Lopez de Moura, apostador que havia sido detido na primeira fase da operação, é visto pelo MP como líder da quadrilha no esquema de manipulação de resultados.
Na fase anterior da operação, alguns jogadores foram alvos de uma operação de busca e apreensão: os zagueiros Victor Ramos, da Chapecoense, Kevin Lomónaco, do Bragantino, Paulo Miranda, ex-Juventude, e Eduardo Bauermann, do Santos, os laterais-esquerdos Igor Cariús, do Sport, e Moraes, ex-Juventude e hoje no Atlético-GO, e o meia Gabriel Tota, ex-Juventude e atualmente no Ypiranga-RS.
Na fase atual, foram adicionados os nomes dos volantes Fernando Neto, ex-Operário-PR e hoje no São Bernardo, e Nikolas, do Novo Hamburgo-RS, e do atacante Jarro Pedroso, do Inter-SM.
O MP-GO pede a condenação do grupo envolvido na manipulação, além do ressarcimento de R$ 2 milhões aos cofres públicos por danos morais coletivos.
O que é a operação Penalidade Máxima? As investigações começaram no final do ano passado, depois que o volante Romário, do Vila Nova-GO, aceitou uma oferta de R$ 150 mil para cometer um pênalti no jogo contra o Sport pelo Campeonato Brasileiro da Série B. Ele recebeu um sinal de R$ 10 mil, e só teria os demais R$ 140 mil após a partida. Como não foi relacionado, tentou cooptar colegas de time – sem sucesso.
A história então vazou e o presidente do Vila Nova, Hugo Jorge Bravo, ele próprio um policial militar, investigou o caso e entregou as provas para o Ministério Público de Goiás. A primeira denúncia, feita há dois meses, indicava que havia três jogos suspeitos na Série B do ano passado. Mas, como o ge publicou, havia a suspeita de muito mais jogos, em várias competições, o que faria a operação se tornar nacional. Foi o que aconteceu. As suspeitas agora chegaram à Série A.
Oito jogadores de diferentes clubes foram denunciados pelo Ministério Público e viraram réus por participarem do suposto esquema.
São eles: Romário (ex-Vila Nova), Joseph (Tombense), Mateusinho (ex-Sampaio Corrêa, hoje no Cuiabá), Gabriel Domingos (Vila Nova), Allan Godói (Sampaio Corrêa), André Queixo (ex-Sampaio Corrêa, hoje no Ituano), Ygor Catatau (ex-Sampaio Corrêa, hoje no Sepahan, do Irã) e Paulo Sérgio (ex-Sampaio Corrêa, hoje no Operário-PR).
Eles estariam envolvidos no esquema de cometer pênaltis no primeiro tempo dos jogos Vila Nova x Sport, Criciúma x Tombense e Sampaio Corrêa x Londrina. Isso só não aconteceu na partida entre goianos e pernambucanos, já que Romário e Gabriel Domingos não jogaram.
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