Redação
Um dos malefícios do processo eleitoral brasileiro é a permissão para a realização indiscriminada de avaliação da intenção de voto do cidadão.
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Oficialmente esse tipo de ação se chama pesquisa, mas com as redes sociais passou a ser rotulado de sondagem, enquete, consulta, avaliação, etc…
O TSE já conseguiu um considerável avanço ao exigir o registro das pesquisas oficiais e estabelecer o período para sua divulgação, mas ainda é pouco diante dos efeitos que elas produzem ao influenciar a opinião do eleitor.
Até como forma de burlar o rigor da legislação, há quem crie meios de saber a tendência de voto simplesmente abrindo espaço nas redes sociais para as pessoas se manifestarem.
Isso é feito sem nenhum critério técnico ou científico, prevalecendo apenas a opinião externada aleatoriamente, numa situação em que a quantidade se sobrepõe à qualidade, a parti da constatação de que o interessado com mais poder de aglutinar seguidores sempre se dará melhor.
Nesse contexto, perdem os institutos de pesquisas sérios que ainda existem.
Ganha quem organiza a “pesquisa” e negocia o resultado com os políticos interessados, além dos cabos eleitorais contratados para acionar ao máximo possível as redes sociais.
O problema maior é que nem sempre o resultado divulgado reflete a realidade sobre determinada gestão ou candidatura.
Nesse clima de “me engana, que eu gosto”, quem perde mais é o eleitor inocente que se ilude com o resultado manipulado, mas para ele real, e na hora do voto segue o resultado revelado pela “pesquisa”.
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