Redação
Você é um frequentador assíduo de cinemas? Ele é o principal motivo para 7% das pessoas irem aos centros de compra, segundo uma pesquisa da da Abrasce (Associação Brasileira de Shopping Centers).
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Porém, o valor do ingresso é um enorme obstáculo para que essa porcentagem cresça – especialmente em um cenário de crise econômica e contenção de gastos.
Foi com essa ideia que surgiu o Primepass, em 2016, após passar por uma versão de testes no ano anterior: uma espécie de “clube de assinatura” para quem quer ir ao cinema pagando uma mensalidade fixa. Clube de assinaturas: A Mandaê te conta como a segmentação pode salvar seu negócio.
“Hoje, cerca de 13% das pessoas que vão ao cinema são recorrentes – ou seja, possuem alta frequência de ida. Nós temos um campo de 87% para trabalhar, composto por pessoas que não vão com frequência”, explica Ricardo Cury, diretor de marketing do Primepass. Se proporcionássemos um sistema que a permitisse ir mais ao cinema, faríamos muitas dessas pessoas virarem recorrentes.”
Para isso, o negócio atacou o preço de idas frequentes ao cinema, que podem gerar um gasto representativo no fim do mês. “Hoje, tornou-se inviável ir ao cinema todas as semanas. Com uma assinatura, o consumidor poderia ver poderia ir mais ao cinema e gastando muito menos, recebendo uma conta fixa todo fim de mês.”
A ideia começou a pegar força: o Primepass fechou 2016 com mais de quatro mil assinantes. Para 2017, tem metas ambiciosas: quer chegar a um número que varia de 30 mil a 50 mil assinantes.
O Primepass possui um aplicativo gratuito para Android e iOS. O usuário baixa o serviço e pode visualizar os filmes em cartaz ou que lançarão em breve, acompanhados de sinopses, trailers e resenhas. Após fazer a assinatura mensal, o aplicativo faz um processo de geolocalização e o usuário pode ver cinemas próximos e seus horários.
Clicando no filme e horário desejado, o passe do Primepass é ativado. Ele pode tanto usar um cartão exclusivo do negócio para trocar nas bilheterias e totems eletrônicos quanto receber o ingresso direto pelo aplicativo.
Vale lembrar que, pelo Primepass, ainda não é possível escolher assentos numerados: o usuário deverá fazê-lo quando chegar ao cinema, o que pode ser um problema em sessões mais lotadas.
O Primepass está disponível em mais de 2500 salas de cinema, em todos os estados brasileiros, de redes como Cinearte, Cinemark, Cinépolis, Itaú Cinema, Kinoplex, Playarte e UCI.
Há três opções de planos, e os valores são baseados no CEP de origem do usuário (mas é possível ir a qualquer cinema associado ao Primepass, sem limitações regionais). Em todos os planos, o limite é de um filme por dia (até 30 filmes por mês).
O plano Básico é valido de segunda a quarta-feira e parte de R$ 39,90 reais; outro modelo de plano básico permite assistir sessões durante toda a semana e e valor é de R$ 59,90 reais; e, por fim, o plano VIP funciona como o Básico, incluindo as salas VIP e IMAX, e parte de 139,90 reais.
Tela de reprodução do aplicativo Primepass
Tela de reprodução do aplicativo Primepass (Primepass/Reprodução)
Segundo Cury, é possível economizar até 80% no valor gasto com ingressos de cinema mensalmente. Esse cálculo compara o gasto médio de um usuário que vai ao cinema 30 dias por mês, em comparação com um usuário que paga a mensalidade do Primepass para essa mesma frequência. Para não pesar no bolso: Economize até 75% com sites de compartilhamento
Segundo o diretor de marketing, o Primepass consegue fazer uma negociação com as redes de cinema para a ocupação de lugares ociosos nas salas, principalmente durante os dias úteis. Assim, o Primepass não paga o valor inteiro do ingresso e consegue repassar uma mensalidade mais acessível aos usuários. “Na base grande que temos hoje, ficamos em uma balança positiva para nós e para o exibidor de filmes”, diz.
O Primepass fechou 2016 com mais de quatro mil assinantes, e já atingiu seu ponto de equilíbrio de receitas e despesas.
Para 2017, o plano do Primepass é realmente crescer e chegar a entre 30 mil e 50 mil assinantes.
Para isso, o negócio pretende inaugurar a possibilidade de reservas as poltronas direto pelo aplicativo – o que reduziria a possibilidade de pegar um lugar ruim em sessões mais visadas. “É uma lacuna que temos ainda. A previsão é lançar esse recurso no segundo semestre de 2017”, diz Cury.
Outra estratégia é estimular a interação dos usuários, por meio da integração com as redes sociais: os assinantes poderão fazer check-in no cinema onde estão e compartilhar quais filmes estão vendo, por exemplo.
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