Ascom SMS
Doença infecciosa causada por uma bactéria, a tuberculose é uma enfermidade que afeta principalmente os pulmões, mas também pode ocorrer em outros órgãos do corpo, como rins, ossos, intestinos, olhos, pele, gânglios e sistema nervoso central.
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Em 2022, o Programa Municipal de Controle da Tuberculose da Secretaria de Saúde de Maceió (SMS) notificou 461 casos da doença. Este ano foram notificados 199.
Os especialistas asseguram que os sintomas da tuberculose podem variar, dependendo da forma da doença, que pode ser classificada em tuberculose pulmonar e tuberculose extrapulmonar.
O principal sintoma é tosse persistente seca ou produtiva (que dura mais de três semanas). Por isso, ao surgir, a pessoa deve procurar uma unidade básica de saúde para realizar o exame do escarro. Outros sintomas que também podem se manifestar são febre vespertina (geralmente no final da tarde), suor noturno, falta de apetite e emagrecimento.
Segundo a responsável técnica pelo Programa Municipal de Combate à Tuberculose da SMS, Tatiana Almeida, a transmissão acontece de pessoa a pessoa através de aerossóis expelidos pela fala, tosse, canto, sopro ou espirro.
“Identificar e tratar os casos de tuberculose o mais cedo possível reduz a chance de transmissão para outras pessoas. Se você tiver sintomas persistentes, especialmente tosse, procure atendimento médico em uma das unidades básicas de saúde. Manter uma boa ventilação em ambientes fechados reduz a concentração de bactérias no ar, diminuindo o risco de transmissão. Ambientes mal ventilados aumentam a probabilidade de infecção”, alerta a profissional.
Tratamento e prevenção
Todo o tratamento de uma pessoa com tuberculose é feito pelo SUS e disponível nas Unidades de Saúde de Maceió. O tratamento dura seis meses e deve ser feito até o fim, mesmo que o paciente esteja se sentindo bem antes deste período, deve ir até o final.
A não conclusão do tratamento traz consequências importantes para o paciente e para a comunidade, já que diminui a possibilidade de cura, mantém a cadeia de transmissão e aumenta o risco de resistência aos medicamentos e de mortes pela doença.
“É importante esclarecer que objetos como copos, talheres e pratos não transmitem tuberculose e a prevenção é fundamental para controlar a disseminação da doença. A vacina BCG é amplamente utilizada em muitos países como prevenção complementar no controle da tuberculose em crianças. Ela oferece proteção parcial contra formas graves da doença, tuberculose miliar e meníngea, em crianças”, explica.
Outro fator importante para a prevenção é o exame de membros da família ou contatos próximos, de uma pessoa com tuberculose, mesmo que não estejam apresentando nenhum sintoma. Este exame identifica as pessoas recém-infectadas ou que apresentam um risco aumentado para o desenvolvimento da doença, que pode acontecer num período de dois a cinco anos, após a exposição, para que seja realizado o tratamento adequado.
“Não há necessidade de isolar o paciente no domicílio. Entretanto é interessante que o paciente utilize máscaras cirúrgicas nas primeiras duas semanas de tratamento ou até negativação da baciloscopia no exame de escarro. Durante o período em que o bacilo está transmissível (em geral, nas primeiras duas semanas de tratamento ou até a negativação da baciloscopia de escarro) sempre que o paciente tiver contato com pessoas fora do convívio do domicílio, é conveniente que utilize máscara cirúrgica não é preciso separar talheres, copos ou outros utensílios. A tuberculose não se transmite pelo contato físico ou pelo sexo”, finaliza Tatiana Almeida.
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