Gabriel Vaquer/Folhapress
A atriz Samara Felippo, conhecida por diversos trabalhos em novelas da Globo e da Record, denunciou que sua filha de 14 anos foi vítima de racismo na última segunda (22) no colégio Vera Cruz, na zona oeste de São Paulo.
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A escola é uma das maiores da cidade e é reconhecida por ser de "alto padrão", com mensalidades de R$ 6 mil. Segundo Samara e o colégio, duas alunas do 9° ano do ensino fundamental pegaram um caderno da filha de Samara, que é negra, e arrancaram as folhas.
Logo em seguida, as duas alunas escreveram uma ofensa de cunho racial em uma das páginas. Na sequência, o caderno foi devolvido aos achados e perdidos.
"Todas as páginas, de um trabalho de pesquisa, elaborado, caprichado, valendo nota, feito por ela, foram arrancadas violentamente e dentro do caderno havia a frase. O caderno já está em minhas mãos e um novo caderno já foi dado a minha filha", relatou Samara em uma carta a um grupo de pais da escola, e que viralizou nas redes sociais.
Após saber do caso, Samara registrou um boletim de ocorrência. A atriz quer espera providências, e ainda não decidiu se vai tirar a filha da escola.
Procurada pelo F5, o colégio Vera Cruz não se manifestou até a última atualização desta reportagem. No entanto, em comunicado aos pais obtido pela reportagem, a escola diz que a jovens foram suspensas.
"Imediatamente foram realizadas ações de acolhimento à aluna, de comunicação a todos os alunos da série, bem como a suas famílias. Desde o primeiro momento, mantivemos contato constante com a família da aluna vítima dessa agressão racista, assim como permanecemos atentos para que ela não fique demasiadamente exposta e seja vítima de novas agressões", diz a carta.
"Na circular enviada a todas as famílias no mesmo dia, solicitamos que todos conversassem com seus filhos sobre o ocorrido, e na terça-feira, dia 23 de abril, duas alunas do 9º ano e suas famílias compareceram à Escola, responsabilizando-se pelos atos", completa o colégio.
"A suspensão se encerrará quando entendermos que concluímos nossas reflexões sobre sanções e reparações, que ainda seguimos fazendo - fato também comunicado a todas as famílias diretamente envolvidas. Ressaltamos que outras medidas punitivas poderão ser tomadas, se assim julgarmos necessárias após nosso intenso debate educacional, considerando também o combate inequívoco ao racismo", conclui o comunicado.
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