Redação
Renan Calheiros Filho (MDB) foi governador de Alagoas por dois mandatos, reeleito com folga para o segundo e, ao deixar o Palácio República dos Palmares, conseguiu com tranquilidade um mandato de senador.
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Esses resultados positivos demonstram que suas gestões foram aprovadas pelo eleitor alagoano, especialmente na diminuição dos índices de criminalidade.
Justamente por isso há quem entenda que ele poderia estar em outra área do governo Lula, e não no Ministério dos Transportes.
É o caso do estrategista eleitoral Bruno Soller, especializado em pesquisas de opinião pública, que emitiu sua opinião no jornal “O Estado de São Paulo”:
“… Ministro dos Transportes, Renan Filho poderia estar em outra pasta do governo Lula. Sua gestão em Alagoas foi marcada por alguns avanços, mas nenhum deles comparado ao resultado dado na segurança pública. Alagoas antes de sua assunção ao poder era o Estado mais perigoso do Brasil e, em menos de 8 anos, experimentou a maior redução de violência entre todas as 27 unidades da federação. Alfredo Gaspar, hoje, deputado federal, era o secretário de segurança pública de Renan Filho, que chegou a lançá-lo a prefeito da capital Maceió, tamanho o sucesso da gestão na área.
O exemplo de Alagoas deveria nortear o Brasil. Há espaço para um trabalho eficiente na segurança pública, quando se tem como objetivo mister essa pauta. Com os prejuízos diretos e indiretos que a violência gera ao País, o assunto deveria ser prioridade absoluta do governo federal, que tem 38 ministérios e nenhum dedicado exclusivamente ao tema. Pesquisas recentes do Datafolha, da Atlas e do RealTime Big Data mostraram que o maior problema para os brasileiros é a segurança pública, e é notório, principalmente em grupos de foco qualitativos, o quanto esse clima de insegurança e desordem impactam no ânimo da população e na sua esperança com melhorias.
O caso do fim das saidinhas, amplamente aprovado pela população em geral, é um exemplo de o quanto a ideologização atrapalha respostas na área da segurança. A posição contrária e radical do senador Rogério Carvalho, de Sergipe, chegou a desagradar até mesmo a base governamental, que precisa mostrar reação a essa chaga que domina o Brasil.
A segurança pública, antes e mais nada é um dever do Estado, e um serviço público que onera o País e o faz se tornar menos atrativo para investimentos e turismo. O preço da insegurança é muito alto para que seja tratado como uma pauta de costumes.
Que Lula olhe para seu próprio time e veja que boas soluções podem sair de dentro de casa.”
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