Quando a ação do próprio alagoano inviabiliza o “Paraíso das Águas” como destino turístico

Publicado em 25/11/2023, às 11h04 - Atualizado às 11h07

Redação

Fatos ocorridos nesta semana demonstram que o interesse econômico e o desapreço à natureza continuam a contribuir para destruir o que resta de meio ambiente no litoral de Alagoas, além da desenfreada especulação imobiliária.

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Num deles, a Prefeitura de Maceió autuou um hotel de alta ocupação por conta de despejo de esgoto no Rio Meirim, Litoral Norte da cidade, afetando diretamente a bela Praia de Ipioca.

O Secretário de Meio Ambiente e Urbanismo, Marcos Cavalcanti, não conteve a sua revolta:

“Todos os moradores da região e nós também ficamos indignados com a falta de cuidado com o bem natural da nossa cidade, ainda mais se tratando de um empreendimento que se utiliza das belezas naturais de Maceió”.

Outra ocorrência danosa à natureza foi constatada pelo Instituto do Meio Ambiente, ao revelar que neste final de semana há quatro trechos impróprios para banho em praias alagoanas – um em Maceió, dois em Maragogi e outro na Barra de São Miguel, três dos principais cartões postais do Estado.

A ação deliberada de cidadãos, inclusive empresários do setor turístico, além de criminosa está na contramão das ações do governo do Estado e das prefeituras visando divulgar nossas praias, uma dádiva da natureza, como principal apelo para a viabilização do turismo como segmento importante da economia alagoana.

Interessante é que, no caso da hotelaria, seus empresários são os principais beneficiados com a divulgação que os órgãos oficiais fazem do Destino Alagoas.

Ainda mais quando um dos slogans mais difundidos em relação ao Estado é a denominação de “Paraíso das Águas”.

E ninguém de bom senso sai de casa para fazer turismo em águas poluídas.

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