Saúde

Primeiro anticoncepcional masculino em forma de vacina pode ficar pronto em 2023

| 20/09/22 - 10h09
| Foto: Pexels

Segundo cientistas do Instituto Indiano de Tecnologia, o primeiro anticoncepcional masculino em forma de vacina deve ficar pronto já no ano que vem. Chamado de Risug (Inibição Reversível do Esperma Sob Controle), a injeção completou seus testes finais e foi considerada melhor que a vasectomia – procedimento cirúrgico que interrompe a circulação dos espermatozoides permanentemente. 

De acordo com informações divulgadas pelo O Globo, os efeitos da vacina duram por até 10 anos, porém, eles podem ser revertidos a qualquer momento a partir de uma injeção de água e bicarbonato de sódio – um dos pontos positivos em comparação com a vasectomia, que é irreversível. O produto não é hormonal (outro benefício), e um teste feito com 300 voluntários apontou 97% de eficácia. 

Como funciona a vacina anticoncepcional masculina? 

A vacina Risug usa um gel que danifica as caudas dos espermatozoides individuais, impedindo-os de fertilizar um óvulo. Ele funciona a partir de um polímero (macromoléculas formadas a partir de unidades estruturais menores) chamado anidrido maleico de estireno que reveste o ducto espermático – um tubo muscular localizado no cordão espermático e um dos principais componentes do sistema reprodutor masculino. O ducto está diretamente ligado ao transporte dos espermatozoides. A grosso modo, é como se o gel fechasse os tubos (ducto) que armazenam espermatozoides. 

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O produto químico foi criado, originalmente, para revestir canos em sistemas de água rurais na Índia, com o objetivo de matar bactérias. 

Além dos testes em animais, a vacina também passou por vários ensaios clínicos em seres humanos. O medicamento aguarda agora aprovação das autoridades médicas do país. 

EUA também estão na corrida do contraceptivo masculino 

Pesquisadores da Universidade de Minnesota, nos Estados Unidos, também estão desenvolvendo um produto parecido, que inclusive também não usa hormônios. O medicamento foi testado em camundongos de laboratório e apresentou uma eficácia de 99%.