Presidente Lula manda um recado a Arthur Lira: não pretende exonerar o ministro Alexandre Padilha

Publicado em 05/02/2024, às 08h30 - Atualizado às 08h35

Redação

As queixas do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PL/AL), e de outros parlamentares da base aliada do governo não vão fazer o presidente Lula (PT) substituir o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha.

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O próprio Lula tem sinalizado nesse sentido, como revela o jornalista Wilson Lima:

“O presidente Lula tem dado um claro recado a aliados e ao presidente da Câmara dos Deputados: o ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, vai continuar no cargo. No máximo, o Palácio do Planalto vai entregar parte das atribuições de Padilha ao ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa.

Integrantes do Centrão na Câmara intensificaram, no início deste ano, as pressões para a exoneração do ministro de Relações Institucionais. Deputados de partidos como MDB, PSD, PP e União Brasil tem demonstrado, ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), insatisfação com a articulação política comandada pelo deputado federal licenciado.

Em conversas reservadas com o presidente da Câmara, parlamentares defendem que o deputado José Guimarães (PT-CE) assuma a pasta.

Nesta queda de braço, Lula bancou Padilha mais uma vez.

Desde o final do ano passado, os deputados se queixam de vários sinais trocados emitidos por Padilha. O principal deles: o ministro, aos poucos, vem se notabilizando como um homem que promete, mas não cumpre acordos. Principalmente em relação ao pagamento de emendas parlamentares.

O episódio mais recente deste desconforto diz respeito ao veto do presidente Lula ao repasse de 5,6 bilhões em emendas parlamentares de comissões permanentes. Padilha afirmou aos deputados que o governo não se comprometeu com o aumento destas emendas; os parlamentares, do outro lado, dizem que o Planalto sabia desse movimento e que o governo Lula tenta jogar para o Congresso a responsabilidade pelos ajustes no Orçamento de 2024.

Agora, a solução encontrada pelo Palácio do Planalto foi empoderar o ministro-chefe da Casa Civil. A ideia do governo é que Rui Costa tenha uma interlocução mais intensa com a Câmara – principal ponto de dissonância entre Planalto e Poder Legislativo.

No entanto, o Planalto terá mais um problema. Rui Costa é considerado um inábil articulador político.”

 

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