Por que adolescentes devem ser ensinados a filosofar?

Publicado em 05/07/2023, às 12h24
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Divulgação

Em um país que discutiu, há pouco tempo, a possível exclusão de disciplinas das ciências humanas da matriz curricular do Ensino Médio, o doutor em Educação, Fábio Antônio Gabriel, reforça a importância de manter esse debate vivo. No livro O ensino de filosofia enquanto experiência filosófica, o professor aponta caminhos para uma docência mais cativante para os alunos – que não se resuma à memorização dos conceitos filosóficos – e busca desmistificar a visão de que a disciplina é instrumento para doutrinar política e ideologicamente os alunos.

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Nas duas primeiras partes da obra, Fábio avalia as diretrizes curriculares do ensino da Filosofia e sua aplicação pelos docentes. Explica que os alunos, além de conhecerem grandes pensadores da história, suas obras e opiniões, precisam ser incentivados a usarem esses conceitos para refletir sobre a sociedade atual e entender a própria realidade. Desta forma, os filósofos podem contribuir para a formação de opinião, e noções de ética e moral, por exemplo.

Em outras palavras, busca-se superar o entendimento meramente linear, enciclopédico, do ensino de Filosofia, no processo ensino-aprendizagem, em que se supõe que os estudantes tenham uma predisposição natural para
o pensar não tendente à prática, e que todo o processo de reflexão ocorreria de modo racional. (O ensino de filosofia enquanto experiência filosófica, pág. 28)

O autor expõe também os resultados de uma pesquisa qualitativa feita com professores e alunos sobre a aprendizagem. Ele conclui que docentes conhecem as diretrizes da disciplina e as aplicam em sala de aula; já os alunos entendem a importância da matéria na vida escolar e desejam que as aulas não se reduzam ao simples “decorar” do conteúdo, mas que gerem debate com o objetivo de proporcionarem uma experiência filosófica, ou seja, a relação entre teoria e vida.

Resultado de pesquisas para o mestrado e doutorado, O ensino de filosofia enquanto experiência filosófica apresenta, porém, uma escrita que permite alcançar, além de professores e gestores de educação, futuros profissionais e amantes do pensamento crítico. O livro contempla as vivências de um professor que atua há 16 anos nas salas de aula da educação básica, apoiado por outros educadores, como a professora de pós-graduação da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), Ana Lúcia Pereira, que assina o prefácio da obra.

Sobre o autor: Fábio Antônio Gabriel é mestre e doutor em Educação pela Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG); bacharel em Teologia (PUC PR), Letras (UNINTER), Pedagogia (UNIMES) e Ciências Sociais (UNIMES). Atua na educação básica como professor de filosofia, na Rede Estadual de Paraná, em Santo Antônio da Platina (PR)

Natural de Quatiguá (PR), Fábio é especialista (latu sensu) em Filosofia e Ética; Metodologia do ensino de Filosofia e Sociologia; Ensino Religioso; Gestão e Organização da Escola com ênfase em direção escolar; Psicopedagogia clínica e institucional. Tem 16 anos de experiência em sala de aula e na produção de artigos sobre ensino de Filosofia e Educação.

Site do autor: http://www.fabioantoniogabriel.com/

FICHA TÉCNICA
Título: O ensino de filosofia enquanto experiência filosófica: possibilitar ao estudante de filosofia “criar conceitos” e/ou “avaliar o ‘valor’ dos valores”
Autora: Fábio Antônio Gabriel
Editora: Pimenta Cultural
ISBN/ASIN: 978-65-5939-582-8
Formato: 14 x 21cm
Páginas: 240
Preço: R$ 57,90
Link de venda: Amazon

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