“Seja um voluntário digital da informação” seria mesmo uma campanha oficial pelo totalitarismo?

Publicado em 19/05/2024, às 14h53

Redação

O terceiro governo do presidente Lula (PT) lançou uma campanha que, oficialmente, é para controlar notícias falsas nas redes sociais.

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Mas, entretanto, a intenção pode ser implantar a censura, acompanhando uma postura que já vem sendo praticada pelo Poder Judiciário, especialmente o Supremo Tribunal Federal.

Há quem entenda que o objetivo é repetir no Brasil o totalitarismo que foi praticado na Alemanha Nazista, como imagina, por exemplo, o jornalista e advogado Júnior Melo:

“Recentemente, o governo federal, sob a liderança de Lula, anunciou a criação de uma campanha chamada ‘Seja um voluntário digital da informação’, que visa combater a disseminação de fake news no Brasil. A iniciativa convida cidadãos a se cadastrarem para receber informações oficiais e relatar possíveis notícias falsas, com o material reportado sendo encaminhado para apuração pelas autoridades competentes.

A campanha é vista por alguns analistas e opositores como uma tentativa de controle da opinião pública. Eles apontam para a história de regimes totalitários, como a Alemanha nazista e a União Soviética, que utilizaram estratégias de controle da comunicação e denúncia entre cidadãos para reprimir a dissidência e reforçar a autoridade estatal.

A campanha ‘Seja um voluntário digital da informação’

De acordo com o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom/PR), Paulo Pimenta, o canal foi criado para promover a circulação de informações verdadeiras e responsabilizar os autores e propagadores de desinformação. Ele afirmou que todo material recebido será cuidadosamente verificado e poderá resultar em medidas legais contra os responsáveis por disseminar informações falsas.

No entanto, críticos do governo acreditam que a iniciativa pode ser mais do que uma simples campanha contra fake news. Eles temem que o programa seja um instrumento de intimidação e controle sobre quem se opõe ao governo, levando o país a um caminho perigoso de censura e perda de liberdades individuais.

Um Olhar Histórico

Historicamente, iniciativas semelhantes foram vistas em períodos sombrios. Na Alemanha nazista, cidadãos eram incentivados a denunciar vizinhos e até familiares que suspeitassem de atividades judaicas ou contra o regime. Durante a Revolução Comunista na União Soviética, sob o pretexto de proteger a ideologia do estado, a população foi incentivada a reportar atividades suspeitas, o que resultou em vastas redes de espionagem e repressão.

O Caminho para o Totalitarismo?

Se este programa continuar a expandir-se sem um controle republicano rigoroso, há um risco de que o Brasil possa evoluir para um regime onde a liberdade de expressão é severamente limitada e a mídia é rigorosamente controlada pelo estado. A história ensina que o controle da informação e a repressão de críticos são características típicas de regimes totalitários.

A intenção de combater fake news é, em si, positiva. No entanto, é crucial que a implementação de medidas para este fim esteja alinhada com os princípios democráticos e direitos humanos, garantindo que a liberdade de expressão e o direito à crítica sejam preservados. A vigilância sobre possíveis abusos é essencial para evitar que uma campanha legítima de combate à desinformação se transforme em uma ferramenta de repressão política.

É um momento crucial para o Brasil, onde a sociedade precisa estar atenta e engajada, garantindo que os mecanismos de controle da informação não comprometam os pilares democráticos e a pluralidade de opiniões.”

 

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